Diomar Santos e Rui Moutinho

O Clube de Propaganda da Natação (CPN), colectividade da cidade de Ermesinde, vai a votos no próximo dia 29 de Abril, durante a Assembleia Geral do clube. Existe, para já, uma lista que se posicionou na corrida à liderança do clube que comemora, em Outubro, 75 anos de existência.

A lista A é encabeçada por Rui Moutinho, que faz parte da actual direcção mas que sai “em divergência com o presidente porque o modo de conduzir os destinos do futuro do clube não é o mais correcto”. “Apesar de ter sido pressionado para continuar como vice-presidente entendi que não estavam reunidas as condições e era chegada a hora de apresentar uma alternativa”, explicou. Rui Moutinho sublinha que a sua lista se apresenta com “objectivos e um modo de actuar diferentes”.

O candidato lembrou que o início do ano de 2015 foi “complicado”, em que o clube se viu “confrontado com questões económicas graves”, atribuindo tal ao facto de as instalações, inlcuindo a piscina e o ginásio, terem estado entregue à exploração de privados que não cumpriram e deixaram uma dívida ao CPN na ordem dos 80 mil euros. Rui Moutinho salienta que a questão foi resolvida depois de ter sido aceite que o próprio ficasse responsável pela gestão de ambas as valências e que actualmente os “compromissos com o banco estão a ser honrados”. Não obstante, diz, o “passivo ainda é grande”, na ordem dos 300 mil euros.

Considerando que as direcções anteriores, e incluindo a actual, foram “desligadas do clube, Rui Moutinho salienta que a proposta da Lista A “reflecte o sentido contrário, tendo na lista para a direcção representantes de todas as secções”, designadamente basquetebol, andebol, natação, e karaté. “Queremos diferenciar pela atitude, queremos passar do modo fechado para o modo participativo”, disse.

Prioridade passa por regularizar passivo do clube

Da lista de prioridades desta lista, da qual faz parte Diomar Santos para a presidência da Assembleia Geral e Manuel Sobral Pires para o Conselho fiscal, faz parte regularizar o passivo do clube, pagando as dívidas e compromissos assumidos, a introdução de uma política de controlo rigoroso das finanças do clube, bem como a criação de um fundo de obras, afectando a lel um mínimo de cinco por cento da receita gerada pelo complexo, de modo a poder levar a cabo a sua manutenção regula, algo que, dizem, não tem acontecido. No que aos sócios diz respeito, a lista de Rui Moutinho pretende desenvolver uma ampla campanha de angariação de novos sócios, tendo como meta elevar ao dobro os sócios existentes, que actualmente rondam os 800. Finalmente, considerando que os estatutos “estão ultrapassados”, os candidatos à presidência do clube defendem a sua revisão, de modo a adaptar o CPN a novos conceitos de democracia e modernidade. Para os 75 anos do clube, Rui Moutinho quer organizar um “grande evento desportivo com as secções do CPN” em conjunto com um programa cultural, que culmine num espectáculo aberto à população.

Diomar Santos aproveitou a apresentação da lista da qual faz parte para lamentar e dizer ter ficado “terrivelmente chocado” por “ter sido vedado o acesso” ao salão nobre do clube para a qpresentação da candidiatura.

O VERDADEIRO OLHAR contactou Paulo Sousa, actual presidente da direcção do CPN, que preferiu não fazer comentários, afirmando apenas não ser ser seu perfil “estar em público a falar mal de quem não está presente”. Quanto a uma possível recandidatura, Paulo Sousa diz apenas que “os sócios serão os primeiros a saber”.