Adriano RibeiroDurante o mandato 2009/2013, foi feito um acordo entre a Câmara de Valongo, de gestão PSD-PS-Coragem de Mudar, com Abílio de Sá, Gerente da IMOSÁ, proprietária do Campo de Sonhos, em Ermesinde, para o adquiriram em hasta pública, com erros de gestão do Clube na origem e pelo meio.

O acordo consistia no seguinte: 300.000.00 euros em dinheiro e o Campo dos Montes da Costa, avaliado em cerca de 900.000.00 euros, em troca do Campo de Sonhos.

Situações de ordem burocrática imprevistas atrasaram a conclusão do acordo e chegou-se ao final do mandato 2009/2013 sem que o mesmo fosse oficializado.

Com as eleições de 2013, verificou-se alteração de gestão camarária que passou a ser: PS-PSD-CDU.

Argumentando com problemas de ordem legal e opção pela manutenção na esfera pública do espaço do Campo dos Montes da Costa, foi proposto pela Câmara aos proprietários do campo de Sonhos uma alteração do acordo que consistia no seguinte: exclusão do Campo dos Montes da Costa do negócio e manutenção da verba em dinheiro, paga em 3 prestações por ano; e dois talhões em Valongo, avaliados em valor aproximado ao valor real do Campo dos Montes da Costa.

Em princípio, e segundo informação do actual Presidente da Câmara, a proposta não terá sido rejeitada, mas passados uns breves dias, foi comunicada à Câmara a sua rejeição.

Passaram-se vários meses em que o assunto não atava nem desatava.

Perante este cenário, a CDU apresentou uma proposta para que lhe fosse confiada a tarefa de, no prazo de um mês, apresentar uma proposta, a ser aceite ou não pelo Executivo. Mas a proposta da CDU não foi aceite.

Com novas ameaças e exigências dos proprietários e a constatação da angústia perante a incerteza vivida pelos sócios e adeptos ermesindenses, de posse de uma nova e bastante diferente avaliação (350.000) sobre o Campo de Sonhos, a Câmara avança com um processo para o pedido de obtenção do Estatuto de Utilidade Pública, com a finalidade da expropriação.

Às perguntas que se iam sucedendo sobre a situação do processo, foi presente a reunião de Câmara de 14/4/2016, um ponto na Ordem de Trabalhos (que entretanto foi retirado da agenda) que versava sobre o seguinte: que a Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL) foi informando a Câmara de que o processo para a obtenção do Estatuto de Utilidade Pública, necessitava de correções.

E neste impasse, e de adiamento em adiamento, foi finalmente a Câmara informada, de que o Campo de Sonhos estava mal avaliado, porque se lhe estava a considerar uma capacidade construtiva que o terreno na realidade não tinha e, por isso, não tem. E que, perante tal situação, o valor de indemnização passaria de 350.000.00 euros, para 154.000.00 euros.

Mas que disparidades!

Na primeira avaliação do campo de Sonhos, os valores apontam para cerca de um milhão e duzentos mil Euros: 900.000.00 euros, valor do Campo Montes da Costa + 300.000.00 euros em dinheiro= 1.200.000.00 euros, para pagar a compra do Campo de Sonhos.

Na segunda avaliação, o Campo de Sonhos é avaliado em 350.000.00 euros.

Na terceira avaliação, o Campo de Sonhos tem uma avaliação de 154.000.00 euros.

E COMO DIZ O OUTRO: AGORA PENSEM

Nota: todos os valores apontados como possíveis por expropriação estarão sempre dependentes de decisão do Tribunal, que os confirmará ou alterará.