Os presidentes das Câmaras Municipais de Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Valongo foram recebidos, esta quarta-feira, na residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, a quem sensibilizaram para a importância da construção da linha ferroviária do Vale do Sousa.

Na reunião participou, também, o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, informa nota de imprensa. 

“A linha ferroviária do Vale do Sousa, entre Felgueiras e Valongo, é de vital importância para o desenvolvimento da região, onde existe meio milhão de habitantes e uma economia pujante, estando neste momento a ser realizado um estudo da responsabilidade da CIM Tâmega e Sousa, trabalho técnico que está a ser coordenado pelo especialista em transportes professor Álvaro Costa. O primeiro-ministro manifestou o seu agrado pela dinâmica e congregação de vontades dos cinco autarcas em concretizarem um projecto de dimensão regional e nacional”, acrescenta a mesma fonte. 

Antes, os autarcas Nuno Fonseca, Pedro Machado, Humberto Brito, Alexandre Almeida e José Manuel Ribeiro reuniram com o novo ministro que tutela o Planeamento e Infraestruturas reivindicando mais uma vez esta obra cujo estudo técnico se encontra previsto no Plano Nacional de Investimentos 2020/2030.

“Com uma população de 500 mil habitantes, onde laboram mais de 36 mil empresas, com predominâncias nos sectores do calçado, têxtil e mobiliário, que facturam mais de 6,5 mil milhões de euros anuais, numa das regiões mais jovens do país, com índices de desenvolvimento aquém do desejado, a linha ferroviária do Vale do Sousa, entre Felgueiras e Valongo, constitui um instrumento de coesão territorial, social e económico que importa concretizar”, sustentam os autarcas.

Recorde-se que os traçados preliminares definidos apontam para uma linha com 36,5 quilómetros que parte da Linha do Douro, em Valongo, e atravessa os concelhos de Paredes, Paços de Ferreira e Lousada, terminando em Felgueiras, com várias estações e apeadeiros.

O projecto está orçado em, pelo menos, 300 milhões de euros, e os autarcas da região estão unidos em torno desta ideia, que consideram ser a melhor solução de mobilidade para este território. A nova linha serviria cerca de 400 mil pessoas.