O presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida, aproveitou as comemorações dos 90 anos dos Bombeiros Voluntários de Baltar, para pedir ao ministro da Administração Interna mais Equipas de Intervenção Permanente (EIP) para as corporações do concelho e apoios para obras nos quatro quartéis que ainda não foram intervencionados.

“A criação das EIP em Paredes e Baltar trouxe um reforço da capacidade operacional dos bombeiros”, sustentou Alexandre Almeida. O autarca adiantou que Paredes foi o concelho com maior número de ignições de fogos florestais na Área Metropolitana do Porto o justifica a necessidade de mais equipas também nas corporações de Cete, Lordelo e Rebordosa.

“A requalificação deste quartel permitiu dotar as instalações de melhores condições para que bombeiros possam prestar um melhor serviço e o aumento das mulheres bombeiras nas corporações é crescente. Em Paredes são já 30% e são necessárias obras de remodelação urgentes noutros quatro quartéis do concelho adequando as camaratas, os balneários e os vestiários a esta nova realidade”, defendeu também o presidente da câmara.

As intervenções já estão estudadas pelas corporações, passando pela remodelação e ampliação de instalações até mesmo a construção de um novo quartel, permitindo a adequação à nova realidade da igualdade do género. Em Rebordosa, adiantou, está elaborado um projecto de remodelação parcial do quartel e prevê-se a criação de camaratas femininas, balneários e vestiários femininos, entre outros. “Os Bombeiros de Lordelo ambicionam a construção de um novo quartel para poder responder ao aumento do corpo de efectivos e à presença de mulheres bombeiras, assim como à necessidade de acomodar a frota de veículos de emergência e socorro e de combate a incêndios”, disse o autarca. Também em Cete, estão “identificadas graves carências” e a necessidade de remoção de fibrocimento além da adaptação das camaratas, balneários, vestiários e salas de formação. Por fim, no quartel de Paredes, prevê-se uma ampliação da Base de Apoio Logístico ao dispor do distrito do Porto e um “aumento da sua capacidade e qualidade de acolhimento”.

“A solução para parte destes problemas e para fazer face ao investimento necessário para a concretização destes projectos passa pela abertura de uma nova candidatura a fundos comunitários e também por um investimento camarário que estamos dispostos a fazer à medida que equilibremos as paupérrimas condições financeiras que encontramos na câmara de Paredes”, argumentou Alexandre Almeida.

“2018 foi um bom ano para os bombeiros portugueses. Mais de 600 bombeiros passaram a integrar em todo o país 120 novas equipas EIP”

Logo de seguida, no seu discurso, também Eduardo Cabrita falou da importância da crescente articulação entre voluntariado e profissionalização. “2018 foi um bom ano para os bombeiros portugueses. Mais de 600 bombeiros passaram a integrar em todo o país 120 novas equipas EIP. Nunca se constituíram num ano só tantas equipas profissionais nos bombeiros voluntários”, adiantou o governante. Ainda assim, disse o ministro, até ao final do ano o Governo vai ainda anunciar as próximas 41 equipas que serão constituídas.

“Agora a constituição das equipas deixou de depender de quem tinha o telefone do ministro ou do presidente da Autoridade Nacional da Protecção Civil e passou a depender de critérios objectivos que tiveram a ver com a identificação das áreas de risco”, frisou Eduardo Cabrita.

“Este ano, todos os municípios em que havia pelo menos uma freguesia considerada como área de risco prioritário passou a existir pelo menos uma EIP. Vamos prosseguir e queremos que em todas as 450 associações humanitárias exista pelo menos uma EIP”, de forma gradual, afirmou.

E porque “conhecimento e formação” fazem os bombeiros do século XXI, o Governo resolveu remodelar o modelo da Escola Nacional de Bombeiros. “Tem de passar a atribuir graus que permitam uma certificação para desenvolvimento da carreira de bombeiro e que também possa ser usado profissionalmente com equiparação ao 12.º ano e a níveis de formação universitária”, sustentou. Por outro lado, como forma de reconhecimento da dedicação dos bombeiros, lembrou o ministro, foi devolvida a isenção de taxas moderadoras aos bombeiros.

Questionado sobre o apoio a obras nos quartéis, Eduardo Cabrita salientou que o Governo está a fazer um “maior esforço de financiamento em instalações”. “Está a recorrer a fase final de reprogramação dos fundos europeus deverá haver mais 50 milhões de euros para a área da protecção civil. Concluída essa negociação lançaremos novos concursos”, prometeu.

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