O Partido Socialista de Paredes aproveitou a reunião de câmara, realizada esta quarta-feira, para confrontar o presidente da câmara sobre as notícias vindas a público sobre irregularidades detectadas por um organismo europeu anti-fraude nos concursos de quatro centros escolares.

Em comunicado, o PS diz que “se trata de uma situação gravíssima pelas consequências quer directas quer indirectas que pode já ter acarretado e pode ainda acarretar para a Câmara Municipal de Paredes”.

No mesmo documento lê-se que os vereadores socialistas refutam “as acusações infundadas” de que as denúncias que estiveram na base da investigação foram feitas pelo PS.

“Relembramos o executivo que vários relatórios do Tribunal de Contas sobre a construção dos Centros Escolares já apontavam situações de “ fraccionamento abusivo” de empreitadas, e como tal, podem perfeitamente ter sido estes relatórios a estar na base dessas investigações”, sustenta o PS.

Os vereadores exigiram também o fornecimento do relatório do OLAF – Organismo Europeu de Luta Anti-Fraude, já que durante todo o processo os vereadores da oposição e a Assembleia Municipal não foram informados da investigação.

Segundo o comunicado, o presidente da câmara recusou entregar o relatório.

“Perante esta total falta de transparência do senhor presidente de Câmara, que continua a querer gerir a Câmara Municipal como se de uma empresa sua se tratasse, não prestando contas dos seus actos, nem em reunião de câmara nem na Assembleia Municipal”, o PS agendou uma conferência de imprensa para esta quinta-feira, onde prometem marcar posição sobre este tema.