Valongo, a par com 13 municípios de oito países, está na corrida para ser eleita a Capital Europeia da Democracia.

Nesta fase, um ‘Júri de Peritos’, composto por cinco profissionais com relevo no domínio da democracia, vai rever todas as candidaturas das cidades e escolher até cinco nomeadas que serão enviadas ao ‘Júri de Cidadãos’, constituído por mais de dez mil pessoas e que tem a última palavra.
A cidade será conhecida em Janeiro de 2023 e, a partir daí, acolherá “uma vasta gama de actividades e eventos que atrairão visitantes de toda a Europa para se juntarem e participarem nos esforços de colaboração para reforçar a democracia”, pode ler-se na página desta organização.

Certo é que, a cidade vencedora beneficiará de uma “notoriedade internacional como centro de educação e de inovação, reforçando o orgulho cívico”.

Na corrida estão Braga, Cascais, e Valongo, em Portugal, Antuérpia, na Bélgica, Barcelona, em Espanha, Bolonha, Itália, Bruxelas, Bélgica, Burgos, Espanha, Linz, Áustria, Metz, França, Opole, Polónia, Rzeszow, Polónia, Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina,

Esta eleição justifica-se porque “a cidades estão em melhor posição para salvaguardar e reforçar a democracia e os direitos humanos, uma vez que estão mais próximas das necessidades dos seus cidadãos”, refere fundador e membro do Conselho Consultivo desta estruitura.

Helfried Carl referiu ainda que, confrontadas com transformações históricas e desafios urgentes causados pela guerra e pela policrise, o poder de inovação das cidades, a sua capacidade de ação e forte ligação aos cidadãos tornam o seu papel mais importante do que nunca”.

Citado na página desta organização, o autarca de Valongo aponta que o município tem sempre em vista “alargar e reforçar os mecanismos de democracia participativa”, por isso, esta adesão “é mais um passo neste trabalho contínuo em prol de uma democracia mais forte”, destacou José Manuel Ribeiro que acredita que esta eleição vai permitir
“um intercâmbio mútuo de conhecimentos e uma efectiva cooperação internacional”.

Já Antonella Valmorbida, presidente do Júri de Peritos e secretária-geral da ALDA, a Associação Europeia da Democracia Local, considera que “a Europa deveria oferecer mais do que a actual abordagem burocrática à democracia”. Sendo que este programa “incentiva a boa governação, o empoderamento da sociedade civil e a democracia local”.