A Câmara Municipal de Valongo assinou, esta manhã, um protocolo com oito entidades do sector social e solidário para aquisição de equipamentos e pequenas intervenções no valor de 40 mil euros.

Segundo o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, o pacote financeiro entregue às instituições particulares de solidariedade social sofreu um acréscimo de 20 mil euros relativamente aos montantes atribuídos no amo transacto.

“Estamos a falar de pequenos montantes, mas que fazem toda a diferença na vida destas instituições e que ajudam a minimizar os problemas de quem mais necessita. No passado o envelope financeiro foi de 20 mil euros, este ano, reforçamos esse pacote com mais 20 mil euros, o que não deixa de ser um contributo importante. É um bom apoio”, disse.

O autarca realçou que as verbas entregues a cada uma das instituições visam ajudar a colmatar problemas ao nível de pequenas intervenções, aquisição de carrinhas, equipamentos, entre outros.

“Estamos a falar de pequenos contributos, mas existem outros mecanismos, nomeadamente, da parte do Governo central e até com fundos comunitários que servem para apoiar essas instituições. Estamos a falar de situações em que há um projecto, existe a necessidade de adquirir um equipamento que ajuda a resolver problemas que, embora pequenos, revestem-se de uma importância acrescida para essas instituições”, declarou.

“A rede social é determinante para que tenhamos uma comunidade mais unida”

O chefe do executivo recordou que as instituições particulares de solidariedade social e todos os actores e agentes sociais funcionam, na maioria das vezes, como redes permitindo apoiar os mais necessitados, funcionado como agentes que em articulação com os mecanismos formais prestam um serviço fundamental à comunidade.

“A rede social é determinante para que tenhamos uma comunidade mais unida. Existe uma rede que é capaz de responder às situações mais difíceis. Fazem parte dessa rede social, as autarquias, as juntas, as instituições particulares de solidariedade social. Estamos a falar de uma rede que passa, na maioria das vezes, despercebida aos cidadãos, mas que existe e que em Valongo presta um serviço de excelência”, acrescentou.

O director-técnico do Centro Social e Paroquial Santo André de Sobrado, Vítor Alves, defendeu que este protocolo é uma ajuda relevante para a sua instituição.

“As instituições particulares de solidariedade social desenvolvem um trabalho determinante em várias áreas, funcionam até como uma rede ou uma teia, às vezes, invisível, pelo que este apoio é sempre bem-vindo e permitem ajudar outras pessoas”, concretizou.

Falando da Centro Social e Paroquial de Santo André Sobrado, Vítor Alves, esclareceu que esta instituição tem como missão contribuir para o bem-estar da comunidade, através da prestação de serviços e respostas sociais e educativas adequadas às diversas gerações.

O Centro Paroquial e Social Santo André de Sobrado tem como valências o berçário, a creche, o pré-escolar, dispõe de um centro de dia, serviço de apoio domiciliário e apoio social a famílias carenciadas.

Vítor Alves referiu que a instituição tem cerca de 100 utentes e a sua área de intervenção é basicamente Sobrado.

Referindo-se às principais necessidades da instituição, Vítor Alves recordou que as mais prementes estão relacionadas com as questões financeiras, um problema que é comum a outras entidades.

“Apraz-nos verificar que há cada vez mais pessoas qualificadas para trabalhar com idosos, temos contado com o apoio do poder local, embora, às vezes, nos sintamos um pouco desprotegidos e seria necessário minimizar essa situação”, adiantou.

Maria Trindade Vale, da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde, relevou, também, a importância deste apoio para as instituições locais.

“Todos os apoios que nos possam conferir são sempre bem-vindos, não temos receitas próprias e temos como missão olhar para o bem-estar dos utentes”, afirmou, sustentando ser apologista de uma articulação crescente entre o poder local e o sector social.

A Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde  tem entre 400 a 500 utentes e dispõe das valências Comunidade de Inserção direccionado para os portadores de deficiência, que serve cerca de 30 utentes diariamente.

A instituição tem área de intervenção que abrange todo o concelho. Reportando-se às necessidades da ADICE, Maria Trindade Vale reconheceu que uma das mais prementes passa por ter instalações próprias. “Estamos numas instalações que não são nossas e gostaria de ter um espaço só para a instituição. Estamos a falar de um investimento significativo, estamos a fazer o projecto, mas acredito que a obra é para avançar”, afiançou. Segundo a responsável, a verba atribuída à instituição vai ser empregue na compra de uma carrinha. “A associação tem apenas três carrinhas, duas já muito antigas, vamos entregar uma para abate, mas com a aquisição de uma outra vamos ficar na mesma com três”, avançou.

“Quero realçar a prontidão com que a autarquia valonguense respondeu ao nosso pedido. A celeridade e a transparência de todo o processo deve servir de exemplo para todas as câmaras”

O presidente da Cruz Vermelha da delegação Gondomar/Valongo, Nuno Coelho, enalteceu a disponibilidade da Câmara de Valongo para ajudar os agentes sociais locais.

“Este acordo é uma mais-valia e no nosso caso o envelope financeiro que nos foi atribuído destina-se à compra de uma ambulância. Dispomos já de duas ambulâncias novas, uma com cerca de oito meses, e esta que tem cerca de um mês. Quero realçar a prontidão com que a autarquia valonguense respondeu ao nosso pedido. A celeridade e a transparência de todo o processo deve servir de exemplo para todas as câmaras. É um bom exemplo para outras autarquias”, manifestou.

Ao Verdadeiro Olhar, Nuno Coelho esclareceu que a Cruz Vermelha iniciou há quatro anos em Gondomar, através de um convite realizado pela sede nacional da Cruz Vermelha. Fruto do trabalho realizado, a instituição veio a estender a sua área de intervenção e serviços ao concelho de Valongo, mantendo a sua sede em Baguim do Monte.

A Cruz Vermelha de Gondomar/Valongo dispõe de um apartamento de emergência social, um T3, duas ambulâncias, uma delas já está no INEM e a outra é para transporte de doentes não urgentes que realiza transporte de duas crianças com deficiência e mobilidade reduzida para a escola. A instituição, segundo o seu presidente, dispõe, também, de uma estrutura de atendimento à vítima que faz trabalho em Gondomar e em Valongo, uma estrutura que faz apoio alimentar aos dois concelhos e que serve cerca de 180 famílias em Gondomar e cerca de 80 agregados em Valongo que auferem de cabazes alimentares.

Em Valongo, a Cruz Vermelha dispõe, também, de um Programa de Respostas Integradas de apoio a ex-toxicodependentes que abrange, também, Ermesinde.

O responsável pela Cruz Vermelha Gondomar/Valongo avançou, ainda, que a instituição tem em Ermesinde, um Centro de Convívio de Valongo, com um gabinete a funcionar há dois anos, estando prevista para este mês a inauguração de três lojas, no mercado municipal, que foram disponibilizadas e cuja inauguração vai contar com a presença do presidente da Cruz Vermelha Nacional, Francisco George.

Em matéria de projectos, Nuno Coelho esclareceu, ainda, que a Cruz Vermelha tem uma unidade de cuidados continuados aprovada na ARS Norte e pelo Ministério da Saúde para 54 camas.

A Associação de Promoção Social e Cultural de Ermesinde foi contemplada com a verba 2.347,90 euros; a Associação Ermesinde Cidade Aberta, com 952,47 euros, o Centro Social de Ermesinde, com 4.975,61 euros e a Casa do Povo de Ermesinde, com 12.340,38 euros. Foram também atribuídos, à Associação Promoção Social Calvário 2.446,04 euros, à  Cruz Vermelha Portuguesa, 8.224,70 euros, ao Centro Social e Paroquial de Sobrado, 708,95 euros, e à ADICE, 8.003,94 euros.