Vale do Sousa fechou 2021 com mais de 14 mil utentes sem médico de família

Os números vão variando ao longo dos meses mediante a saída e entrada de médicos nas unidades de saúde

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Em Dezembro de 2021 havia 14.144 utentes no Vale do Sousa sem médico de família atribuído, mostram dados do Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde.

Convém referir que os números vão variando ao longo dos meses, mediante a entrada e saída de médicos, alguns por questões de reforma.

No caso do Agrupamento de Centros de Saúde do Vale do Sousa Norte, que agrega os concelhos de Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira, de um total de 160.921 inscritos estavam, no final do ano, 10.563 sem médico de família atribuído. Convém realçar que estes números de Dezembro são os mais elevados desde o ano de 2016, podendo indicar que tenha havido saída de profissionais que ainda não foram substituídos. Prova da oscilação destes números é que, em Março de 2021, por exemplo, o ACES do Vale do Sousa Norte tinha apenas três utentes sem médico de família. Em 2020, também no mês de Dezembro, eram 1.979 os utentes nessa situação.

No Agrupamento de Centros de Saúde do Vale do Sousa Sul, que integra Paredes, Penafiel e Castelo de Paiva, havia, em Dezembro de 2021, 174.720 inscritos. Desses, 3.581 não tinham médico de família atribuído. Também aqui os números foram variando ao longo do ano, tendo-se atingido um máximo de 7.336 utentes sem médico de família em Junho e um mínimo de 1.803 em Novembro. Mas, por exemplo, em 2020, entre Janeiro e Abril, este ACES teve zero utentes sem médico de família atribuído. No final de Dezembro desse ano já havia 5.493 pessoas sem médico.

No caso do Agrupamento de Saúde Maia/Valongo, não nos é possível aferir em concreto de que forma o concelho de Valongo é afectado. Mas, globalmente, o ACES – com quase 222 mil utentes – fechou 2021 com 5.702 pessoas sem médico de família em Dezembro. Tinha atingido um máximo de 8.277 utentes sem médico de família em Janeiro e um mínimo de 3.442 em Fevereiro. Em Janeiro de 2020, por exemplo, tinha números bem mais baixos: 407 pessoas sem médico de família.

De referir que existem ainda pessoas que não têm médico de família por opção, tratando-se de casos residuais.