Francisco Coelho da RochaQuando Humberto Brito chegou à presidência da Câmara Municipal de Paços de Ferreira levou um conjunto de intenções, em tom proclamatório, falando em novos dias de transparência, num discurso sempre carregado de boas intenções. Não basta apregoar. É preciso que a prática seja coincidente com as boas intenções proclamadas.

Vem isto a propósito da notícia sobre a contratação de uma pista de gelo para a animação do período de Natal. A referida pista esteve em funcionamento, em frente à Câmara Municipal, do dia 16 de Dezembro 2015 ao dia 6 de Janeiro de 2016. A contratação deste serviço é uma autêntica trapalhada.

O serviço foi prestado a 16 de Dezembro de 2016. No entanto, a contratação por ajuste directo foi publicada no portal “Base” apenas no dia 23 de Janeiro de 2016, um mês depois do serviço ter sido prestado. Para além disso, o contrato por ajuste directo foi adjudicado a uma empresa que na altura da prestação do serviço não existia. A empresa que realizou o serviço a 16 de Dezembro de 2015 só foi fundada a 4 de Janeiro de 2016. A Gespaços garante que consultou três empresas entre os dias 20 e 22 de Outubro de 2015. No entanto, a factura proforma junta ao contrato, que prova a consulta, tem a data de 11 de Janeiro de 2016. Ou seja, antes mesmo de existir, esta empresa já tinha prestado um serviço que haveria de vir a ganhar num ajuste directo.

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