Foto: PSD

Rui Rio esteve esta segunda-feira de visita às imediações do aterro de Sobrado, em Valongo, onde ouviu as queixas da população e da Associação Jornada Principal sobre os maus-cheiros e pragas de animais atribuídas ao equipamento.

O presidente do PSD aplaudiu a retirada do amianto das escolas anunciada pelo Governo, mas salientou que é preciso garantir que é depositado em aterro com todas as condições de segurança.

O líder dos social-democratas falou da “degradação da qualidade de vida” daquela população e defendeu que o Governo tem “obrigatoriamente de encontrar soluções”.

Além disso, Rui Rio prometeu pressionar o Governo, quer na Assembleia da República quer na Comissão do Ambiente para a resolução do problema do aterro de Sobrado.

“Aquilo que, neste momento, mais nos deve preocupar é um projecto do Governo que pretende lançar e que merece aplausos, que é a retirada do amianto das escolas. Mas o problema que se coloca é: tira o amianto das escolas e coloca onde? Vai seguramente grande parte dele colocá-lo aqui {Em Sobrado]. Retira de outros pontos do país e vai colocá-lo aqui, sem condições. Devemos exigir que o amianto seja retirado, mas que sejam aqui criadas condições para recebê-lo com completa segurança”, afirmou o presidente do PSD.

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De seguida, Rui Rio falou dos mosquitos e pragas de ratos e gaivotas existentes no aterro e imediações, aludindo ao facto de “estarem a ser colocados ali resíduos biodegradáveis também sem condições que levam à acumulação de muita bicharada”. “Havendo capacidade neste momento de a Lipor receber estes resíduos não se entende como são colocados aqui mais ou menos a céu aberto”, acrescentou.

“Vamos continuar a pressionar e a alertar para este aspecto e acompanhar de perto a retirada do amianto e como e onde vai ser depositado. Como principal partido da oposição na Assembleia da República e na Comissão do Ambiente iremos pressionar o Governo para que este problema se resolva”, garantiu.

Recorde-se que há mais de um ano que a população e a autarquia de Valongo lutam pelo encerramento do aterro de Sobrado que dizem ser um “crime ambiental” e causar “cheiros nauseabundos”.

Recentemente, José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara, adiantou que houve violação do PDM no licenciamento e que vai avançar com uma queixa no Ministério Público. Também a Associação Jornada Principal se prepara para intentar uma acção popular em Tribunal.