Redação: Assim vai o mundo…

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Do “impeachment” de Trump pouco mais se ouvirá falar. A coisa saiu do lado dos Democratas quando entrou no Senado. Morre aqui o assunto. Em ano de eleições, nos EUA, talvez a tentativa de o destituir se venha a constituir como um auxílio para o reeleger.

Provavelmente, só o novo vírus “nascido” na China poderá impedir a reeleição de Trump. Aos americanos qualquer presidente serve. Bastam-se com a “economia a crescer” e umas “bejecas”. Infelizmente!

Por cá, o “Luanda Leaks” faz as delícias dos telejornais. Aqueles “pivots” deleitam-se (ia escrever outra coisa, mas era tão desnecessária quanto a excitação deles) a esticar uma notícia como se tivessem descoberto a pólvora.

Foi preciso um “consórcio” (expressão, no mínimo, invulgar, quando se fala de jornalistas) de centenas de jornalistas especializados em investigação para ficarmos a saber que era verdade o que qualquer portuguesinho da Silva já tinha discutido no café.

Uma conclusão, por ora, sobre o caso Isabel dos Santos: aqueles que estendiam as passadeiras vermelhas ao dinheiro e à senhora, aqueles que se vergaram silenciosamente como capachos à importância “estratégica dos investimentos” são, agora, querem ser, os arautos da probidade nacional.

Nunca se viu tanta hipocrisia junta. Salva-se, em defesa da verdade, Ana Gomes. Podemos não gostar do estilo, mas nunca lhe negaremos a ousadia e a coragem.

Entre o fim-de-semana passado e o próximo, PSD e CDS elegem os seus principais dirigentes. Estamos fora do quadrante, mas gostei da escolha de Rui Rio. É que, no meio de tanta algazarra, as elites da capital esconderam sempre o que achavam serem os principais defeitos de Rio: pensar pela sua cabeça e ser do Porto. Sim, nos últimos anos, antes de Rio, o PSD tem sido uma carro com carroçaria de gama alta puxado por uma cambada de carroceiros. Um Ferrari puxado por um motor de fraca cavalagem. Mau binário, portanto.

Para tudo correr como nós gostávamos só falta o CDS eleger o melhor candidato. Estamos fartos de ouvir dizer que as novas gerações são as mais bem preparadas e, depois, quando elas querem assumir as responsabilidades e as capacidades que nós dizemos que têm e merecem, somos os primeiros a “cortar-lhes as pernas”. Por nós, embora de quadrantes diferentes, preferimos uma democracia melhor do que aquela em que vivemos. Por isso, mas só por isso, gostamos de nos confrontar com os melhores. O PSD escolheu bem. Para fazer o mesmo, o CDS só precisa de escolher o Francisco Rodrigues dos Santos.

No burgo, não nos espantamos com o reconhecimento e o elogio das políticas de Ambiente promovidas pela câmara municipal de Lousada e louvadas pela Associação “Amigos do Rio Sousa” ou distinguidas pelo jornal Verdadeiro Olhar. Aliás, só acentuam o que temos escrito neste espaço sobre as diferenças entre as gestões político-partidárias levadas a cabo em Lousada e nos restantes municípios do Vale do Sousa.

Uma nota final para a “cor rosa” das notícias: no Reino Unido, para além do consumado “brexit”, o príncipe Harry e Meghan Markle deixam, por iniciativa própria, de beneficiar dos privilégios da família real.

Esqueceram-se eles que, nas monarquias, os casamentos não se fazem por amor. Quando o amor acontece, nestes casos, quase sempre, o direito à vida pessoal mata a vida política.

Ignoraram os monarcas que, nesta exceção, e ao contrário da opinião dos que sabem muito disto, talvez a magnanimidade de Isabel II fosse o melhor recurso para salvar a monarquia.

O fascínio das imagens

Se são precisas 7 pessoas para levantar a bandeira, quantas seriam necessárias para colocar a pedra?