Os vereadores do PSD apresentaram, esta terça-feira, em reunião de câmara, duas propostas. Uma que visa uma gestão mais inteligente dos contentores de lixo, ecopontos e da iluminação pública no concelho com recurso às novas tecnologias e a outra que tem como objectivo a criação de uma central de valorização de biomassa em Paredes, que traz poupança na energia e permite a gestão dos resíduos florestais.

Antes das propostas houve críticas. “Em meio ano de governação do PS não mudou quase nada e o que mudou foi para pior”, disse Rui Moutinho. “Circulamos pelo concelho e vemos os contentores a abarrotar de resíduos e com um cheiro nauseabundo e as ruas mal iluminadas ou com excesso de luz”, acrescentou o vereador do PSD.

O autarca pediu de seguida ao presidente da Câmara que traga o conceito de “smart cities” (cidades inteligentes) para Paredes.

“Numa primeira fase o PSD propõe que a câmara adopte tecnologia para controlo do volume de resíduos sólidos nos contentores e ecopontos e para o redimensionamento automático dos circuitos de recolha, bem como tecnologia que adeqúe o fluxo luminoso ao movimento e à efectiva necessidade de iluminação”, medidas que trazem melhorias e poupança, defendeu a oposição.

Por outro lado, Rui Moutinho lembrou que num concelho extenso e com vasta área florestal é preciso apostar no ordenamento da floresta e no combate aos incêndios. “Em Junho do ano passado foi publicado um decreto-lei com um regime especial para a instalação e exploração por municípios ou comunidades intermunicipais de novas centrais de valorização de biomassa. A existência de um central no concelho, para além de permitir a criação e energia que seria injectada na rede e geraria mais-valia financeira para a câmara, permitira o ordenamento e defesa da floresta contra incêndios, possibilitando, por exemplo, que as juntas tivessem pontos de recolha de sobrantes dos proprietários rurais na limpeza dos seus terrenos e evitando a realização de queimadas”, frisou o social-democrata.

Segundo o vereador do PSD, municípios como Vila Velha de Ródão, Mangualde, Figueira da Foz e Famalicão já viram candidaturas aprovadas pelo Governo. “O PSD propõe que a câmara municipal se candidate à instalação de uma central de valorização de biomassa e encete todos os esforços para que a mesma seja aprovada”, terminou o vereador.

Alexandre Almeida não disse que não, mas disse que não para já. “São esses e muitos outros investimentos que queremos fazer, mas infelizmente dada a herança que nos deixaram até o mais prioritário que há a fazer aqui em Paredes, que era a compra do pavilhão das Laranjeiras, estamos impedidos de fazer porque não temos o visto do Tribunal de Contas. Vocês deixaram a Câmara de tanga”, sustentou o presidente do município.

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“Se conseguir fazer uma central de biomassa por menos de 350 mil euros para não termos que pedir o visto ao Tribunal de Contas sim senhor. Se conseguir pôr contentores inteligentes abaixo desse valor muito bem. É que se precisarmos do visto a resposta é ‘meus amigos vocês não se sabiam governar por isso não podem fazer essas despesas’”, ironizou o autarca.

“Agora não tenho dúvidas que daqui a dois anos quando pusermos as contas em dia, esses e outros investimentos irão ver a luz do dia”, assumiu Alexandre Almeida.

Mais à frente, na defesa de outro ponto, Rui Moutinho salientou que a tecnologia de colocar chips em contentores é barata e traria benefícios ao município. “Esta proposta é exequível e está a ser descredibilizada”, criticou o vereador, afirmando que existe uma empresa no concelho que se calhar até faria isso de forma gratuita para divulgar o seu trabalho.