O PSD Paços de Ferreira criticou, esta sexta-feira, em comunicado, o executivo municipal pelo que considerou ser um “evidente desinvestimento” no número de agentes da Polícia Municipal. Recorde-se que a Polícia Municipal de Paços de Ferreira esteve hoje em greve.

“Perante as últimas notícias vindas a público e considerando que o actual Executivo Municipal tem pautado a sua relação com o actual corpo da Polícia Municipal por um evidente desinvestimento quer no número de agentes (de cerca de 20 efectivos passamos a ter ao dispor apenas 11), equipamento utilizado (para além das viaturas, as fardas e as armas encontram-se em estado devoluto, colocando em causa a segurança dos agentes e da própria população)”, os vereadores do PSD de Paços de Ferreira deixam várias questões ao presidente da Câmara.

“Qual a sua estratégia para o corpo da Polícia Municipal, em particular do ponto de vista humano, isto é, o número de efectivos vai aumentar, manter ou diminuir? A liderança da Polícia Municipal, sem formação específica neste campo e em liderança de equipas, que se encontra em clara divergência com a (esmagadora) maioria dos agentes vai-se manter? Se sim, qual o motivo para este braço de ferro com os agentes que, ao contrário do que diz, em nada beneficia o bem-estar da nossa população?”, lê-se na nota que nos foi endereçada.

O PSD questiona, ainda, o executivo municipal sobre  qual a veracidade das afirmações feitas pelo Sindicato Nacional dos Polícias Municipais quando afirma que “até à intervenção do sindicato praticou-se durante anos um horário ilegal, que não respeitava a rotatividade, nem os períodos legais de descanso (neste momento, este abuso está suspenso, em virtude da greve decretada pelo sindicato ao serviço extraordinário)”. Nessa altura, “os agentes apenas sabiam dos seus horários de trabalho aos fins-de-semana na véspera da entrada ao serviço. Existe uma prática abusiva dos agentes em serviços que não são os previstos nos regulamentos nomeadamente em áreas críticas ligadas à Protecção Civil que deveriam ser realizadas, por exemplo, pelos corpos de bombeiros e que podem colocar em causa a segurança dos munícipes?”, lê-se na mesma nota.

Os vereadores do PSD, Joaquim Pinto e Célia Carneiro, sustentam, também, que defender a população de Paços de Ferreira “obriga a que o serviço público seja prestado de uma forma adequada”.

“Escudar-se permanentemente na situação financeira (quando lhe convém, porque em determinados momentos a situação financeira da autarquia é descrita com estando absolutamente “cor-de-rosa”) para esconder a incapacidade de liderar recursos humanos e contribuir para a sua eficiente acção na defesa e segurança da população demonstra bem que a maioria socialista não sabe o que está a fazer”, dizem.

“Defender a população é assumir de uma vez por todas, se pretende manter a Polícia Municipal em funções ou se tem a coragem de extingui-la, uma vez que o comportamento evidenciado até hoje parece mais o de uma comissão liquidatária da nossa polícia municipal”, alude a nota dos vereadores sociais-democratas.