O preço das casas em Portugal continua a aumentar e a região não foge à regra. Os últimos dados sobre os valores médios de venda dos alojamentos familiares do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o custo por metro quadrado é de 950 euros a nível nacional, um aumento de 7,8% face ao trimestre homólogo, o primeiro de 2017, quando o custo era de 881 euros/m2.

Mas há muitos concelhos acima da média. No primeiro trimestre de 2018 eram 40 os municípios, localizados maioritariamente no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa, com um preço mediano de venda de habitação superior ao valor nacional. Em Lisboa o valor chegava aos 2.581 euros/m2. Acima dos 1.500 euros estavam ainda municípios como Cascais (2.004 €/m2), Loulé (1.806 €/m2), Oeiras (1.739 €/m2), Lagos (1.738 €/m2), Albufeira (1.613 €/m2) e Tavira (1.531 €/m2), destaca o INE.

Infografia: Verdadeiro Olhar

Os mesmos dados mostram que o Porto registou o maior crescimento face ao período homólogo: mais 22,7%. O custo por metro quadrado de uma habitação no Porto ronda os 1.379 euros. É o mais alto da Área Metropolitana do Porto. O mais baixo está em Arouca, 595 euros, sendo a média da AMP de 914 euros por metro quadrado.

Ainda que abaixo deste valor, os concelhos da região que integram a AMP, tem visto o custo com a habitação aumentar. Em Valongo, neste primeiro trimestre de 2018, o valor médio de venda de alojamentos familiares era de 732 euros/m2. O aumento é de cerca de 90 euros por metro quadrado quando comparado com os valores de 2016. E a tendência foi sempre de subida. Já em Paredes, o custo é mais baixo, fica pelos 658 euros/m2. Ainda assim, o valor tem vindo a aumentar e a diferença é de 77 euros face ao período homólogo dois anos antes.

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Quando a análise é feita tendo por base o Tâmega e Sousa, onde o custo médio é de 601 euros por metro quadrado, Penafiel surge como o concelho mais dispendioso. O valor médio de venda das habitações é de 691 euros/m2. Uma diferença de 73 euros em relação a 2016. Os concelhos com custo mais baixo são Resende (333 euros) e Cinfães (319 euros).

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Acima da média do Tâmega e Sousa, com um valor de 604 euros/m2, está Paços de Ferreira. Este não é o preço mais alto atingido no município, cujo custo médio chegou aos 607 euros no 3.º trimestre de 2016. Baixou para os 592 euros no trimestre seguinte, mas a partir daí tem vindo a subir gradualmente. Lousada, que tinha um custo médio de 516 euros/m2 no início de 2016 chega agora, no primeiro trimestre de 2018, aos 569 euros/m2. No final do ano passado o valor ascendia a mais um euro.

Evolução do preço por metro quadrado das habitações nos concelhos da região por trimestre (dados INE)
2016 (1.º trimestre)2016 (2.º trimestre)2016 (3.º trimestre)2016 (4.º trimestre)2017 (1.º trimestre)2017 (2.º trimestre)2017 (3.º trimestre)2017 (4.º trimestre)2018 (1.º trimestre)
Lousada516522539542551550569570569
Paços de Ferreira587594607592594580575602604
Paredes581593592608613617645657658
Penafiel618633644664650666671676691
Valongo643653661678682688699724732