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A Polícia Judiciária (PJ) alerta para “a prática emergente e massiva” que expõe menores a conteúdos de pornografia e pedofilia em grupos de WhatsApp. Este é um fenómeno que chegou ao norte, sobretudo ao distrito do Porto, mas também a outros pontos do país e abrange “crianças e jovens de escolas básicas e secundárias”.

Os menores são adicionados a grupos “cujo único propósito é de sujeitar os menores à visualização de pornografia de adultos, de imagens e vídeos de abusos e exploração sexual de crianças, ou que retratam práticas sexuais entre adultos e crianças”, explica a PJ., acrescentando que “as crianças e jovens, após aderirem aos grupos, são incentivadas a adicionar os seus contactos, alegadamente com o objetivo de superar o desafio de agrupar o maior número de elementos possível”.

Assim, a Judiciária recomenda aos pais e Encarregados de Educação que “estejam atentos à utilização do WhatsApp pelas crianças e jovens” e que “as alertem para recusarem convites” de contactos desconhecidos, bem como “ativem o bloqueio dos convites efetuados por desconhecidos”.

Caso os menores já estejam incluídos neste tipo de grupos, a PJ aconselha “a captura de ecrã das conversações”, bem como da evidência dos “respetivos administradores e os conteúdos partilhados” e posterior denúncia às autoridades.

A PJ pede também aos professores e diretores dos agrupamentos que sempre que identificarem estas situações “informem de imediato os pais e encarregados de educação”, que façam capturas de ecrã dos conteúdos e identificação dos administradores dos grupos, procedendo a posterior denúncia.

Judiciária indica como alterar definições do WhatsApp para evitar situações como esta. Foto: (DR)