A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito “sobre a alegada má conduta de um médico” ortopedista do Hospital Padre Américo, em Penafiel, suspeito da prática de crimes de violação e coação sexual, ocorridos desde 2022.

A Polícia Judiciária anunciou em 11 de maio a detenção do médico, de 60 anos.

Segundo a Lusa, o IGAS explicou que, “analisadas as notícias publicadas pela comunicação social e considerando a gravidade dos factos nelas mencionados foi determinada a abertura de um processo de inquérito”.

Recorde-se que o médico, e segundo a PJ esclareceu em comunicado, “no âmbito das suas funções de consulta em ambulatório em estabelecimento hospitalar público, com o pretexto de melhor efetuar o diagnóstico médico, terá sujeitado as vítimas à prática de atos sexuais abusivos”.

“As vítimas, embora constrangidas, submetiam-se às referidas práticas, dada a situação de dependência em que se encontravam, bem como pela ignorância face aos alegados atos médicos em curso”, lia-se no comunicado da PJ.

O detido, sem antecedentes criminais, foi presente a primeiro interrogatório judicial e foram-lhe aplicadas as medidas de coação de suspensão de funções em qualquer estabelecimento de saúde público ou privado e proibição de contactos com as vítimas e testemunhas do inquérito.

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa disse, na altura, que estava, “desde o início, a colaborar com as autoridades”.