O território precisa de habitação a custos controlados e de rendas acessíveis, defendeu, hoje, o presidente da Câmara de Lousada perante o ministro das Infra-Estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

“Estamos num concelho e numa região em que ainda predomina a mão-de-obra intensiva e os baixos salários, apesar de estarmos a subir esses índices. Ainda há muitos concidadãos que não têm condições económicas para aceder a habitação convencional”, disse Pedro Machado.

Para o autarca, a solução também não será a habitação social, mas sim a habitação a custos controlados e com rendas acessíveis.

“Lancei o desafio ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. O município disponibiliza terrenos para o IHRU construir em Lousada habitação com rendas acessíveis. Deixo este repto para que haja esta disponibilidade. Creio que é mesmo disso que precisamos para que todos tenham a resposta de que precisam. Não só os que têm uma vulnerabilidade maior, mas todos os outros que têm rendimentos insuficientes para aceder à habitação convencional própria”, sustentou o edil lousadense.

A habitação no concelho tem crescido, salientou. Mas os prédios em construção já estão vendidos e os preços têm vindo a subir, pelo que “é determinante ter outro tipo de soluções”.

O ministro concordou. “Queremos mudar o paradigma. Queremos promover a reabilitação antes da construção e, sempre que possível, reabilitar e arrendar”, o que permite requalificar as vilas e cidades e ajudar a população fortemente endividada.

“O 1.º direito quer dar resposta às situações de maior carência, mas não é o único programa que queremos desenvolver. Percebemos que as populações com rendimentos médios também têm dificuldades de acesso à habitação. Faz aqui uma proposta que me parece fundamental ser correspondida”, respondeu a Pedro Machado.

“Estamos disponíveis para trabalhar com a Câmara de Lousada e para aproveitar a proposta de cedência de terrenos municipais, encontrando numa solução para um segmento da população que não é carenciado, mas tem dificuldades de acesso à habitação”, sustentou Pedro Nuno Santos.

“Temos de ter uma resposta de habitação para todos. Temos famílias que consomem quase todo o rendimento com a habitação. Isso não é admissível”, concluiu ainda.

Recorde-se que o ministro participou, hoje, na cerimónia de assinatura de acordos para obras superiores a 900 mil euros em habitações sociais de cinco freguesias de Lousada.