Mais de 2 milhões de euros foram necessários para construir o novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Lordelo, Paredes, um edifício que vai ser inaugurado este sábado, pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, numa altura em que se assinalam os 52 anos da instituição.

Um sonho antigo que foi projectado há cerca de dois anos e que agora “se tornou realidade”, congratulou-se, ao Verdadeiro Olhar, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Lordelo.

Miguel Ferreira avançou que, a partir de agora, os mais de “180 homens” que fazem parte da corporação vão ter “todas as condições para poderem servir ainda mais e melhor a comunidade” de Lordelo, Vilela e parte de Duas Igrejas ,que correspondem a uma população a cargo destes bombeiros que ronda os “15 mil habitantes”.

Para o sonho de construir um edifício de raiz ser possível do ponto de vista financeiro, os bombeiros contaram com os apoios da Câmara Municipal de Paredes, a Fundação A Lord, a Junta de Freguesia, assim como várias empresas e população local, enumerou o dirigente.

À margem da inauguração, Miguel Ferreira contou ao Verdadeiro Olhar que a sua missão de presidir a esta instituição “não tem sido nada fácil”, porque “faltam sempre verbas”, uma situação agudizada pela pandemia, porque “impediu os peditórios, as saídas da fanfarra”, entre outras iniciativas que ajudavam as contas da corporação.

Mas Miguel Ferreira, que começou o seu percurso nos bombeiros na fanfarra, passando pelo corpo activo e comando, e que agora preside a associação, revelou que o segredo de ter conseguido concretizar este e outros projectos foram “a força, a coragem, a vontade e o empenho de todos”, caso contrário, “nada disto seria possível”, frisou.

Para além do novo quartel, os bombeiros adquiriram uma plataforma, que custou mais de 100 mil euros, assim como viaturas, que eram outras das necessidades da corporação. “Com muita determinação e ajudas temos conseguido realizar os nossos projectos”.

Um outro sonho de Miguel Ferreira passava por adquirir uma farda de gala para “todos os bombeiros”. Foi um investimento elevado, cerca de 20 mil euros, “mas também conseguimos”, acrescentou o presidente que termina o seu mandato em 2024. Até lá, promete que vai continuar “a lutar para que a corporação de Lordelo continue a fazer história”, concluiu.