Em Paredes está o rendimento líquido mais baixo da AMP. Em Lousada um dos melhores do Tâmega e Sousa

Valongo tem o rendimento mais elevado da região. Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel tiveram crescimento acima da média nacional entre 2015 e 2018, mas o residentes continuam com baixos rendimentos

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Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que os residentes em Paredes têm o rendimento líquido mais baixo da Área Metropolitana do Porto, enquanto os de Lousada têm um dos mais elevados da região da Tâmega e Sousa, sendo apenas superado por Felgueiras.

As estatísticas sobre o valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo revelam ainda que entre os cinco concelhos da região é em Valongo que está o melhor rendimento.

Uma comparação com 2015 deixa perceber que Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel tiveram um crescimento acima da média nacional. Ainda assim, todos estes concelhos têm rendimentos muito abaixo do valor de referência do país.

Tâmega e Sousa é a segunda região com mais baixos rendimentos

Infografia Verdadeiro Olhar/ Dados INE

Em 2018, os últimos dados disponíveis, os portugueses tinham um rendimento líquido de 9.067 euros, quase mais 12% que em 2015. Um valor consideravelmente acima da região Norte que, há dois anos, tinha um rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo médio de 8.456 euros.

Segundo o Jornal de Negócios, que explorou os números, os dados do INE salientam que os rendimentos medianos mais elevados, superiores à média nacional, estão em 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, 18 no Centro, 13 no Alentejo, seis no Norte, cinco na Região Autónoma dos Açores, dois na Região Autónoma da Madeira e um no Algarve.

No Tâmega e Sousa, em Resende, está o concelho cujos residentes têm os rendimentos mais baixos do país, inferior a seis mil euros por ano.

Os números do INE, consultados pelo Verdadeiro Olhar, mostram que a região do Tâmega e Sousa (7.410 euros) é mesmo a segunda do país em que os rendimentos são mais baixos. O valor médio do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo só fica abaixo no Alto Tâmega, com 7.065 euros. O mais elevado do país é o da Área Metropolitana de Lisboa: 10.750 euros.

No Tâmega e Sousa, a seguir a Felgueiras (8.006 euros), Lousada é o concelho cujos habitantes têm melhor rendimento líquido (7.727 euros). Em Paços de Ferreira era de 7.680 euros e em Penafiel 7.640 euros. Esses quatro concelhos são os únicos com rendimento médio por pessoa acima da média da região em que se inserem.

Quanto à Área Metropolitana do Porto, o rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo médio é de 9.007 euros. Os concelhos com rendimento mais elevado são Porto (10.757 euros), Maia (10.190 euros), Matosinhos (9.921 euros), Vila Nova de gaia (9.153 euros) e São João da Madeira (9.011 euros). Valongo vem logo a seguir, ficando na média da AMP, com 9.007 euros. Entre os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo é o município com melhores rendimentos.

Paredes, no oposto, surge como o concelho com mais baixos rendimentos por sujeito passivo na AMP, com 7.489 euros.

Numa comparação com 2015, os dados mais antigos disponibilizados pelo INE, Paredes, Paços de Ferreira e Lousada tiveram crescimentos acima de 20% em relação a 2018. Penafiel chegou perto dos 20%. Ainda assim, esses rendimentos continuam a ser baixos em relação à média do país.