Para assinalar os 25 anos de elevação de Paredes a cidade, o município organizou, esta segunda-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, uma cerimónia que contou com todos os ex-presidentes e o actual presidente da Câmara, Celso Ferreira, o actual presidente da junta, Francisco Ferreira, o ex vice-presidente José António Couto, entre outras personalidades.

Durante a sessão, o presidente da Câmara Municipal falou de Paredes como uma “cidade líder”, na cultura, no desporto, no ambiente, na educação e no comércio.

 

Processo de elevação demorou três anos a ser aceite

A cerimónia começou com um breve discurso de José António Couto, ex vice-presidente da Câmara, que tomou da palavra por Jorge Malheiro, presidente do município da altura, que recordou que o processo de elevação demorou três anos a ser aceite. “Nesses três anos muita água corresse por baixo da ponte, muita dela até parecia que fazia remoinho”, disse.

Em 1991, cerca de duas semanas antes, José António Couto, contou, encontrou-se, por acaso, num café do Porto, com Luís Filipe Menezes. Depois de uma conversa, o autarca diz que falou do problema da elevação e que o político disse que o processo ainda não tinha seguido avante por faltar um documento. No dia a seguir, o documento segue para Lisboa e duas semanas depois estavam a assistir à votação para elevação de Paredes a cidade. “O Jorge Malheiro estava muito céptico quanto à votação e nem quis estar a assistir. No fim, demos um grande abraço e agradecemos a todos aqueles que nos ajudaram”, recorda José António Couto.

Paredes é elevado a cidade no dia 20 de Junho de 1991. A autarquia descreve este dia como tendo “significado a concretização de uma aspiração antiga fruto de um processo gradual de transformação e modernização do território de Paredes”.

“Paredes é hoje uma cidade e um concelho que deve muito a toda a gente que por aqui passou e que ocupou órgãos autárquicos”, refere José António Couto.

 

presidente da junta diz ter sentido “um orgulho paredense” no dia da elevação

De seguida, foi Francisco Ferreira, quem tomou da palavra e referiu “o orgulho paredense que sentiu com a elevação da vila a cidade”, apesar de não desempenhar nenhum cargo político na altura. O presidente da junta de Paredes quis “Deixar uma palavra de agradecimento a todos aqueles que nessa data tornaram possível o sonho” e diz “ter um enorme desejo que o desenvolvimento da cidade, em colaboração com todas as juntas de freguesia e com todos os autarcas, possa continuar”.

 

“A elevação de Paredes foi mérito dos autarcas que cá estavam”, defendeu Celso Ferreira

Para terminar, Celso Ferreira, presidente da Câmara de Paredes, começou por agradecer a presença de todos neste acto de celebração “simbólico” e realçou que a autarquia “fez questão de o assinalar com pompa e circunstância porque não deixa de ser um marco importante para a cidade de Paredes”.

“A elevação de Paredes a cidade não foi um mero imperativo territorial nem foi um favor da Assembleia da República, foi, naturalmente, mérito dos autarcas que cá estavam”, referiu o edil.

Na altura, Celso Ferreira, diz que já havia “um entendimento a nível da análise de território de que a cidade de Paredes era mais do que Castelões de Cepeda”.

Segundo o autarca, Paredes tem agora, “fruto de 42 anos de trabalho”, “uma cidade líder”, na cultura, no desporto, no ambiente, na educação e no comércio com mais de mil estabelecimentos comerciais.

No fim do discurso, referiu, ainda, o acordo que conseguiram com a Universidade do Porto que vai instalar um pólo da UPTEC, incubadora da cidade do Porto, em Paredes.