Fotografia: Federação Portuguesa de Matraquilhos e Futebol de Mesa 1

A Junta de Freguesia de Seroa, Paços de Ferreira, foi recentemente palco de um torneio de cariz nacional e internacional para atletas filiados, homologado pela FPMFM (Federação Portuguesa de Matraquilhos e Futebol de Mesa) e pela ITSF (International Table Soccer Federation) e a pontuar para o ranking nacional e internacional.

O evento contou com a presença de atletas oriundos do distrito de Lisboa, Braga e Porto. Estiveram cerca de 30 atletas nas categorias de Open Singles e Open Doubles.

Segundo Vítor Bessa, presidente da Federação Portuguesa de Matraquilhos e Futebol de Mesa, com sede em Valongo, a escolha do local foi da responsabilidade da Associação de Matraquilhos do Porto que como entidade organizadora estabeleceu uma colaboração com a Junta de Freguesia da Seroa, por ter um espaço adequado ao evento e por estar localizado numa zona com tradição na modalidade e vários amantes da mesma.

Sobre a implantação da modalidade na região do Vale do Sousa e em Valongo, Vítor Bessa referiu que a modalidade nesta região tem bastante relevância essencialmente nos concelhos de Paços de Ferreira e Valongo.

“Vários dos melhores atletas nacionais com títulos e medalhas internacionais são oriundos destas regiões, assim como existem vários clubes com interesse pela prática da modalidade”, disse, salientando que neste momento o numero de praticantes entrou numa fase de estabilização.

Fotografia: Federação Portuguesa de Matraquilhos e Futebol de Mesa

“Esta é uma situação para a qual pretendemos na próxima época alterar e captar novos atletas e clubes através do novo projecto desportivo que em breve será apresentado. Actualmente existem cerca de 60 atletas federados na região, mas existe um grande número de praticantes amadores que pretendemos captar para a competição oficial”, avançou.

Questionado sobre as dificuldades que a modalidade enfrenta no presente, o presidente da Federação Portuguesa de Matraquilhos e Futebol de Mesa assumiu que esta modalidade precisa de alterar o seu paradigma de competição.

“Actualmente a modalidade sente a necessidade de alterar o paradigma da competição a nível regional e distrital, pois nos últimos anos este processo esteve entregue aos membros oficiais (associações distritais) que por diversas razões sentem dificuldades em implementar uma competição apelativa. Neste contexto a FPMFM para 2020 em consenso com os membros oficiais modificou o projecto desportivo e vai ser parte mais activa na implementação do mesmo a nível nacional. Em relação aos apoios locais temos obtido pontualmente  sempre que realizamos eventos nas respectivas regiões dessas entidades”, acrescentou.

Vítor Bessa realçou, também, que existe a vontade de tornar a modalidade olímpica na sequência do processo aberto pela entidade internacional ITSF, que junto das federações nacionais está a fomentar e a trabalhar nesse sentido.

“A FPMFM por sua vez está nos primeiros contactos com as instituições portuguesas competentes de forma a obter um reconhecimento da modalidade como desporto, e conseguir o estatuto de utilidade pública. Sabemos que este é um processo algo moroso e o objectivo é conseguir atingir esse patamar nos próximos quatro anos, para o qual acreditamos ser possível”, sustentou.