“Não tenhamos dúvidas sobre isto, e eu assumo-o perante os cidadãos, não vamos colocar tapete em todas as estradas. Se alguém tem a ilusão de que vamos pôr tapete em todas as estradas do concelho que se desengane”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira na última Assembleia Municipal. “Não só não é possível nem este executivo nem qualquer que venha nos próximos anos pode dizer isso. Não é materialmente nem financeiramente possível. Dizer isso aos cidadãos, seria enganá-los”, acrescentou Humberto Brito, em resposta a questões lançadas pelos eleitos do PSD sobre as necessidades da rede viária do concelho.

O autarca lembrou que o município tem “mais de 600 quilómetros de estrada” desde as ex-estradas nacionais assumidas pela autarquia, no passado, até Às estradas municipais, “um número bastante significativo para dar resposta”. “Por força do que disse, e bem, da intempérie que este ano se abateu sobre o país, a chuva foi imensa, houve desgaste nas nossas estradas”, referiu, dirigindo-se a Valentim Sousa.  

Humberto Brito adiantou que está a ser feito um trabalho, com os colaboradores do município, para avançar, com os equipamentos adquiridos, na recuperação das ex-estradas nacionais 209 e 207.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“Temos o objectivo que estas estradas possam ter um novo modelo de execução que permita a instalação de passeios, negociando com os particulares, para termos um novo modelo inspirado na ciclovia, transpondo esta nova forma de organização do território a essas ex-estradas nacionais”, explicou o edil pacense.

“Vamos já lançar um concurso para 750 mil euros de betuminoso para os próximos dois anos”, que irá “permitir a intervenção em cerca de 13 quilómetros de estrada”. “É isso que conseguimos”, frisou.

Estes troços são aqueles em que é mais prioritário intervir, mas há outros referenciados pelos presidentes de junta. Existe é um problema, alertou: o custo das empreitadas.

“Quando é preciso fazer intervenções fundamentais nas freguesias, de águas pluviais, pequenos troços custam 100, 150, 200 mil euros. Se multiplicar isto por 10 estradas ou 20 estradas é praticamente impossível. Temos tentado acudir às necessidades mais prementes, não descurando nenhuma das freguesias”, justificou o presidente da Câmara, acrescentando que é impossível colocar tapete em todas as estradas do concelho.

“O plano visa dar resposta às necessidades”, mas a câmara não consegue intervir em todas, sustentou o autarca.