“Paços de Ferreira é o primeiro município a sair do Fundo de Apoio Municipal (FAM)”, mas mantendo sempre os impostos cobrados “no mínimo”. A garantia foi deixada pelo autarca Humberto Brito que, em conferência de imprensa, destacou que foi no último dia de 2021 que o concelho deixou de estar sob a alçada deste mecanismo de assistência financeira, onde se encontrava devido ao “excesso de endividamento”.

Além de ter deixado de fazer parte da lista dos municípios que estavam inseridos neste programa de recuperação financeira, Humberto Brito não quis deixar de destacar que a Câmara não deixou de lado os “apoios sociais” a toda a comunidade, assim como as obras em todas as freguesias que, e ao longo dos seus anos de governação “aumentaram”.

Recorde-se que foi em 2013 que Humberto Brito se estreou como presidente da Câmara Municipal. Quando assumiu os destinos de Paços de Ferreira “o excesso de endividamento excedia os “35 milhões de euros”, como destacou. Ultrapassado o limite da dívida total, definida no Regime Financeiro das Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais (RFALEI), foi necessário recorrer a um “resgate financeiro”.

Para fazer perceber mais a fundo as contas da edilidade, o autarca destacou que, em 2013 “o rácio da dívida era de 335%”, ou seja, “mais do dobro do permitido por lei”.  Este ano, e pela primeira vez em 13 anos, este valor está abaixo dos “150%”, frisou o socialista.

Humberto Brito quis deixar assente que Paços de Ferreira conseguiu chegar a uma situação financeira confortável não à custa de onerar os munícipes. E justificou: o IMI “tem estado sempre no mínimo ou muito perto” e as “pequenas empresas têm sido isentadas da derrama”. Contas feitas, com esta redução nos impostos famílias e empresas pouparam uma verba que ronda os “três milhões de euros”.

A terminar, Humberto Brito congratula-se com o facto de o município fazer “pagamentos a tempo e horas”, o que não acontecia no passado quando esses prazos chegaram a rondar os “três anos”.