Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

No âmbito do processo de resgate da concessão de água e saneamento em Paredes iniciado pela Câmara Municipal, o presidente da autarquia sempre afirmou que os Serviços Municipalizados e Água e Saneamento (SMAS) entrariam em funcionamento em Janeiro. Mas, e como isso ainda não aconteceu, a oposição aproveitou a última Assembleia Municipal para perguntar a Alexandre Almeida “porquê?”.

Cecília Mendes, do Juntos por Paredes, usou o período antes da ordem do dia para levantar o tema. “Referiu que em Janeiro a autarquia ia assumir a gestão dos SMAS, mas tal ainda não aconteceu e já estamos no final de Fevereiro. Gostaríamos de saber o que está a dificultar a passagem da gestão da Be Water para a autarquia e qual a previsão para a passagem de testemunho”, apelou a eleita. Também lembrou que, apesar de ter sido aprovado, há dois anos, o tarifário social da água, que seria “uma ajuda importante para as famílias carenciadas”, este ainda não está a ser aplicado. “Para quando a implementação e quais as razões para não estar em vigor?”, perguntou.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

 Também José Miguel Garcez, do CDS-PP, abordou as mesmas questões. “Como está o processo do tarifário de água social? O município já entregou ou já identificou junto da Be Water a relação de pessoas mais carenciadas que têm direito a este tarifário de água de forma automática para que vejam reduzidos os valores das facturas?”, questionou o eleito. Pediu ainda um “ponto de situação” sobre o resgate da concessão da água e saneamento. “Estamos quase no final de Fevereiro e não temos ouvido nada sobre este assunto e segundo o presidente a gestão das Águas de Paredes já devia estar a cargo do município”, salientou.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Pela voz de David Ferreira, o PSD apontou o mesmo facto: “Garantiu que as águas passariam para a alçada do município em Janeiro. Estamos em Fevereiro e nada aconteceu”.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Na resposta, Alexandre Almeida justificou o atraso da passagem dos activos da Be Water para os SMAS com questões legais. “O processo só atrasou porque até finais de Novembro a empresa tinha interposto uma providência cautelar” que o impedia, sendo que depois que isso ficou “ultrapassado”, a autarquia promoveu contactos com a empresa concessionária para fazer a passagem, garantiu. “Neste momento já temos a questão do pessoal toda vista, como é que vai ser. Estamos agora a analisar os equipamentos que nos vão passar. Muito em breve os SMAS entrarão em funcionamento”, afirmou ainda o presidente da Câmara de Paredes, sustentando que, apesar disso, já estão a ser feitos investimentos no saneamento em Recarei e vão, em breve, iniciar outros em Sobreira.

Sobre o tarifário social da água, o edil sustentou que a Be Water foi levantando “entraves” à aplicação do mesmo. “Através do apoio social [do município] tem sido dado apoio a quem quer beneficiar desse tarifário. Quando os SMAS estiverem a funcionar entrará em vigor”, prometeu.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar