Foto: João Bica

“Não é momento para discutir desconfinamento”, avisou hoje o primeiro-ministro, quando anunciava a renovação do estado de emergência a partir do próximo dia 15.

António Costa explicou que o confinamento “está a produzir resultados”, tendo sido travado o aparecimento de novos casos e diminuído o ritmo de crescimento, com uma redução significativa do índice de transmissão.

Mas, sustentou o governante depois da reunião do Conselho de Ministros, a situação “continua a ser extremamente grave”, com um elevado número de pessoas ainda em internamento o que exige um “enorme esforço” aos profissionais de saúde. O número de óbitos diário é “inaceitável”, salientou.

“Teremos de manter o actual nível de confinamento durante o mês de Março. Não é momento para discutir desconfinamento, total ou parcial”, avisou o primeiro-ministro. “Durante o mês de março seguramente vamos ter de manter um nível de confinamento muito semelhante a este, senão idêntico a este”, reforçou mais à frente.

No “essencial” serão mantidas as medidas do último decreto. Questionado, diz que não sabe quando serão levantadas. “Têm vindo a produzir resultados, com custos na aprendizagem, na vida das pessoas e na economia, mas são indispensáveis”, disse, afirmando que é “prematuro” dizer quando serão levantadas, mas será de forma gradual.

António Costa esclareceu que é também prematuro falar sobre o regresso ao ensino presencial. Quanto ao Carnaval e à Páscoa foi claro: “Não haverá seguramente festejos de Carnaval e seguramente a Páscoa também não será a Páscoa que nós conhecemos”.

O governante sustentou também que o cumprimento de prazos na vacinação está dependente da entrega atempada de vacina das empresas à Comissão Europeia, para que a distribua pelos países. O que estava previsto era haver 4,4 milhões de vacinas no primeiro trimestre, mas as empresas farmacêuticas reduziram o fornecimento e vão chegar apenas 1,98 milhões de doses.