João Pedro Matos Fernandes esteve em Valongo, na passada segunda-feira, a presidir à cerimónia do auto de consignação e lançamento da primeira pedra da obra de ampliação e remodelação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Campo.

Durante a cerimónia de arranque da obra, orçada em mais de cinco milhões de euros e que vai dar duplicar a capacidade da actual infra-estrutura situada na margem do Rio Ferreira, o Ministro do Ambiente assumiu que um “conjunto de municípios com atraso nos processos de recolha e tratamento de efluentes terá um tratamento de excepção no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio”.

“Por motivos de interesse público, há um conjunto de municípios, entre eles Paredes e Oliveira de Azeméis, que têm de ter um tratamento de excepção no contexto do próximo quadro comunitário de apoio para recuperarem do atraso que objectivamente têm relativamente à recolha e tratamento de efluentes”, disse o governante.

Momentos antes, o presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, tinha pedido ao Ministro do Ambiente “uma linha de financiamento comunitária” para resolver o problema do saneamento no concelho de Paredes.

A ETAR de Campo terá um custo total de 5,1 milhões de euros, sendo quase 3,3 milhões de euros suportados por fundos comunitários e a parte restante suportada pelos municípios de Valongo e de Paredes. A conclusão da nova ETAR está prevista para Dezembro de 2020.

Na cerimónia o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, disse tratar-se do “primeiro dia do fim de um calvário para as populações, devido ao mau cheiro que se fazia sentir há mais de 15 anos”. O autarca disse ainda que a ETAR de Campo vai abranger uma população de “cerca de 100 mil habitantes”

A ETAR de Campo, Valongo, foi concebida em 1996 para servir a população das freguesias de Valongo, Campo e Sobrado do concelho de Valongo, bem como as freguesias da Gandra, Rebordosa, Lordelo, Duas Igrejas, Astromil e Vilela do concelho de Paredes.