Foto: Foto/birdbreedingpark.pt (DR)

Um militar de Penafiel está a ser julgado pelo crime de peculato por alegadamente se ter apropriado de um papagaio perdido, que foi entregue no porto da GNR de Penafiel.

O guarda principal alegou ter levado a ave por estar convencido que o animal tinha morrido e estava a precisar de ser autopsiado, por isso o levou para uma quinta, situada no município, avança o JN.

Segundo a acusação, do Ministério Público de Paredes, “foi um zeloso cidadão de Penafiel, chamado Luís, quem, a 31 de dezembro, encontrou na emblemática zona do Sameiro, uma ave tropical de cor amarela e verde”. O homem levou a ave para casa e, dias depois, telefonou ao Serviços de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR de Penafiel, para se informar sobre os procedimentos a adotar, sendo que foi informado que deveria entregar a ave na GNR, a fim de ser devolvida ao dono. Foi o que fez. Entregou a ave e formalizou o depósito.

Mas, e segundo a acusação, o arguido não registou o sucedido, tendo, depois, levado o papagaio para a sua viatura, estacionada nas imediações do quartel. Quando acabou o turno, foi embora e levou-a com ele.

Mais tarde, diz ainda o JN, o militar terá ligado ao cidadão que encontrou a ave, dizendo-lhe que esta tinha morrido, o que o fez suspeitar e ir ao posto, onde verificou que o caso não constava do livro de ocorrências.

Instado sobre o que se teria passado, o arguido terá dito que entregou a ave, sem vida, numa quinta situada em Penafiel, onde iria ser autopsiada. A GNR dirigiu-se aquele local e verificou que a ave estava lá e com vida, tendo-a, depois devolvido ao dono, conta ainda o diário.

Após uma investigação da própria guarda, e analisando as imagens de videvigilância do posto, o militar acabou acusado do crime de peculato.