Menos bebés em Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo. Mas ainda superam mortes

Dados de 2019 mostram que só Penafiel não teve saldo natural positivo. No ano passado nasceram 2.888 crianças na região, o número mais baixo em cinco anos

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Ainda se nasce mais do que se morre na região, mas a diferença está a diminuir. O saldo natural, diferença entre o número de nascimentos e o de óbitos, foi positivo, mas é de apenas 233 pessoas.

Em Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo nasceram 2.888 bebés em 2019, mostram dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). São menos 76 que no ano anterior e o número mais baixo dos últimos cinco anos. Nos mesmos concelhos morreram, no ano passado, 2.655 pessoas.

Apesar de tudo estes concelhos estão em contra-ciclo no país, que pelo décimo ano consecutivo teve um saldo natural negativo.

Paredes em CONTRA-CICLO

Infografia: Verdadeiro Olhar

Segundo o INE, em 2019, nasceram 86.579 crianças de mães residentes em Portugal. É uma descida em relação ao ano anterior, num total de 441 bebés. Já o total de óbitos de pessoas residentes em território nacional foi de 111.793, menos 1.258 óbitos que em 2018. 85,6% deles ocorreram entre pessoas com 65 e mais anos de idade.

“Portugal registou, assim, pelo décimo primeiro ano consecutivo, um saldo natural negativo (-25.214)”, conclui o INE.

Na região, conhecida como sendo das mais jovens do país, entre 2018 e 2019 registaram-se menos nascimentos e também menos mortes.

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No que toca a nascimentos, a quebra foi de 76 crianças. Em 2018 tinham nascido em Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo 2.964 bebés, valor que baixou para os 2.888 no ano passado. É o número mais baixo dos últimos cinco anos.

O número de nascimentos baixou em todos os concelhos, à excepção de Paredes. Nesse município nasceram mais 27 crianças em 2019 que no ano anterior.

Penafiel com saldo natural negativo

Infografia: Verdadeiro Olhar

Quanto a mortes, os dados divulgados pelo INE, mostram uma ligeira descida na região: passaram de 2.694 em 2018, para 2.655, em 2019. A diferença é de menos 39 pessoas.

Mas houve concelhos em que o número de mortes aumentou, casos de Paredes (+42) e Penafiel (+29).

Em relação há cinco anos, houve mais 213 mortes nestes cinco concelhos.

As freguesias com mais mortes, em termos absolutos, também por terem mais população, são a União de Freguesias de Cristelos, Boim e Ordem (69 óbitos) em Lousada; de Freamunde e Paços de Ferreira (63 ambas), em Paços de Ferreira; Paredes (148), em Paredes; Penafiel (134), em Penafiel; e Ermesinde (297), em Valongo.

Infografia: Verdadeiro Olhar

Feitas as contas, o saldo natural destes municípios é positivo. Ou seja, ainda há mais gente a nascer do que a morrer. Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Valongo estão entre os poucos concelhos do país que estão contracorrente. Mas a diferença tem vindo a atenuar. Em 2018 a diferença era de 270 pessoas. No ano passado foi de 233.

Já Penafiel, que em 2018 ainda mantinha um saldo natural positivo, passou a negativo em 2019 (-21).