Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo continuam com poder de compra abaixo da média nacional

Em Paredes, os dados do INE mostram que o poder de compra baixou em relação a 2017 e é o segundo mais baixo da AMP. O Tâmega e Sousa continua a ser a segunda sub-região do país com menor poder de compra

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O Tâmega e Sousa continua a ser a segunda sub-região do país com menor poder de compra, mostra o Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, com dados de 2019, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O concelho onde o poder de compra é mais elevado no Tâmega e Sousa é Paços de Ferreira. Ainda assim, quer este concelho, quer Lousada e Penafiel estão muito abaixo da média nacional.

O mesmo acontece com Paredes e Valongo, integrados na Área Metropolitana do Porto, onde o índice de poder de compra supera a média do país. Mas estes dois concelhos ficam abaixo da média. Paredes perdeu mesmo poder de compra face a 2017, revelam os indicadores do INE.

Lousada com o IpC mais baixo e Valongo com o mais elevado

O Indicador per Capita (IpC) do poder de compra pretende traduzir o poder de compra manifestado, em termos per capita, nos diferentes municípios ou regiões, tendo por referência o valor nacional (Portugal = 100).

Fonte dos dados: INE

Em 2019, o poder de compra per capita manifestado nos municípios em Portugal era superior à média nacional em cerca de 10% dos municípios portugueses – 32 de 308 -, maioritariamente localizados nas duas áreas metropolitanas de Lisboa (10 em 18 municípios) e do Porto (6 em 17) ou coincidentes com capitais de distrito, revela a informação do INE. “Apenas 22 municípios concentravam 50% do poder de compra nacional. No conjunto, as duas áreas metropolitanas concentravam mais de metade (52%) do poder de compra, apesar de reunirem 45% da população do país”, destaca.

Lisboa apresentava o IpC mais elevado (205,62), sendo o único município a mais do que duplicar o índice nacional. “Nas 15 primeiras posições correspondentes a um IpC superior a 110, encontravam-se ainda mais três municípios da Área Metropolitana de Lisboa – Oeiras (153,13), Alcochete (119,79) e Cascais (117,95) – e quatro da Área Metropolitana do Porto: Porto (154,02), Matosinhos (130,63), São João da Madeira (130,55) e Maia (110,64)”, lê-se.

Com base num outro indicador, a Percentagem de Poder de Compra (PPC), usado para avaliar o grau de concentração do poder de compra nos diferentes territórios, o INE conclui que “em 2019, cerca de 7% (22) e 21% (64) dos municípios concentravam, respectivamente, 50% e 75% do poder de compra nacional”. “Estes resultados suportam a leitura de que o poder de compra se encontra associado à dimensão urbana dos municípios e, portanto, territorialmente muito concentrado”, sustenta o Instituto.

Voltando ao poder de compra da região, Lousada, Paços de Ferreira, Penafiel e Valongo registaram um ligeiro aumento em 2019, comparativamente a 2017. Ainda assim, estes concelhos continuam com baixo poder de compra em relação à média do país. Já Paredes viu mesmo o indicador de poder de compra baixar em 2019.

Olhando a estes cinco concelhos, Valongo tem o IpC mais elevado (92,03) e Lousada o mais baixo (72,58).

Quer o Tâmega e Sousa quer a AMP viram o indicador relativo ao poder de compra subir. O Tâmega e Sousa tem o segundo índice mais baixo de poder de compra (abaixo fica só a sub-região do Alto Tâmega). Paços de Ferreira têm o IpC mais elevado desta região (80,50), seguindo-se Felgueiras (80,33) e Penafiel (79,72). O concelho com indicador mais baixo é Celorico de Basto (57,47). Já na AMP há vários concelhos com poder de compra acima da média nacional, Arouca tem o IpC mais baixo: 72,72. Paredes tem o segundo poder de compra mais baixo da Área Metropolitana do Porto.