Foto: Verdadeiro Olhar

Logo no início da pandemia, a Câmara de Paços de Ferreira criou a Linha de Solidariedade Municipal. Num mês, foram recebidos 777 pedidos de ajuda.

Desses, 741 foram solicitações de munícipes que pedem apoio aos serviços de Acção Social da autarquia, sendo que 406 pedidos estão a ser analisados pelos serviços e 335 solicitações foram completamente resolvidas, adiantou o município.

Segundo a vereadora da Acção Social, Filomena silva, no início a Linha de Solidariedade foi pensada para os munícipes que quisessem contribuir com algo nesta fase da pandemia.

Mas entretanto, transformou-se para ir de encontro às necessidades. “Percebeu-se que era de facto precisa uma linha de apoio, para questões relacionadas com o vírus, sobre os apoios sociais e também questões práticas sobre as empresas e os trabalhadores que viram a sua vida afectada. É neste momento uma linha de solidariedade e de apoio às famílias e aos cidadãos”, refere.

Quando alguém acede aos números 300 400 900 / 901 / 902 encontra do outro lado pessoas preparadas para dar resposta ou orientar, diz a autarca.

“Tratando-se de dúvidas quanto ao trabalho e lay-off são respondidas ou é fornecido o número de apoio da Segurança Social para que se possam esclarecer. Os pedidos mais frequentes são de apoios sociais, desde o apoio na medicação, o seu levantamento e entrega, sejam os apoios em termos de bens essenciais, para famílias confinadas ou em quarentena e que possam não ter uma rede de suporte familiar. Faz toda a diferença ter alguém que vá levantar esses bens e entregar. Depois temos o apoio alimentar, com a possibilidade do cabaz alimentar e também a necessidade de entragar refeições já confeccionadas. Foi sempre uma preocupação do município nesta fase de apoiar as famílias com mais necessidades”, garante Filomena Silva.

Este tipo de apoio só é possível graças à articulação da câmara com parceiros, como as juntas de freguesia, as instituições particulares de solidariedade social, os bombeiros e delegação da cruz vermelha.

“Este apoio é para qualquer cidadão, mas os que mais nos preocupam são os mais vulneráveis, que estão com falta de suporte familiar, os doentes ou quem está em quarentena profiláctica, os mais idosos, com doença crónica ou deficientes com maior incapacidade”, descreve.

À linha chegam ainda solicitações quanto ao equipamento de protecção individual, pedindo máscaras e álcool gel.

A vereadora da Acção Social lembra que já foram distribuídas cerca de mil máscaras aos que estão em risco – doentes crónicos e idosos – e que foram disponibilizadas mais 2500, estando a ser avaliados os pedidos. A autarquia também já disponibilizou álcool gel “para os carenciados que mais necessitam” e também para ajudar “quem não tem carência económica, mas não encontra produto à venda”.

Quem contacta este número de apoio de Paços de Ferreira e precise de apoio psicológico é também encaminhado.

“Estes cerca de 800 atendimentos telefónicos são uma confirmação de que é uma linha importante para a comunidade e que é uma linha de rápido acesso em que do outro lado sabem que vão encontrar alguém que vai apoiar e tentar resolver”, acredita Filomena Silva.