O vereador do Desporto e da Saúde da Câmara de Paredes afirmou, hoje, em reunião de executivo, que a bactéria legionella encontrada numas análises de controlo às Piscinas de Recarei tinha “expressão muito reduzida”.

“Estamos a falar de nove unidades formadas de colónias por litro de água. O grave é quando aparecem mil, nós tínhamos nove”, referiu Paulo Silva.

Recorde-se que, ontem, depois de um comunicado do PSD, a autarquia assumiu que tinha sido detectada esta bactéria nas piscinas que foram encerradas até se cumprirem os procedimentos necessários.

Paulo Silva explicou que estas análises de controlo são feitas com regularidade, não só nas piscinas, mas também nos centros escolares.

“Temos um protocolo estabelecido relativamente à legionella no âmbito do qual são feitas análises e procedimentos técnicos. Temos em duas das piscinas um sistema automático que é ligado por volta das duas da manhã e eleva a água a 70 graus e faz um tratamento, um choque químico nos circuitos hidráulicos”, mencionou como exemplo.

No caso de Recarei, como manda a lei, antes de abrir as piscinas tinham de ser submetidas a procedimentos. Nas análises foi detectada legionella e o complexo foi encerrado na sexta-feira.

Mas a expressão da bactéria é reduzida. “Só para terem comparação, no ano passado, em Abril num escola de Paredes que também foi notícia apareceram 100 unidades num dos balneários e 63 noutro e fechou apenas um pavilhão desportivo. Nós fechamos de imediato as instalações todas e não tínhamos necessidade de o fazer”, salientou.

A partir daí foram iniciados os choques químicos nos circuitos hidráulicos e outras acções complementares.

“Graças às análises isto foi detectado de forma precoce e o perigo para a saúde pública é mínimo”, sustentou o vereador.

Politicamente, o eleito do PS alegou que o comunicado emitido pelo PSD apenas tentou “denegrir” a imagem da Câmara. “Não entendemos todo o alarme social que se tentou criar. Quem ler o comunicado percebe que os elementos do PSD desconhecem as instituições e a realidade”, criticou.

Já o vereador eleito pelo PSD, Rui Moutinho, também abordou o tema, defendendo que “independentemente de ter sido numa pequena escala ou grande escala” não pode ser minimizada a importância da situação “pela natureza da bactéria e letalidade da mesma”. “Que medidas é que a câmara e autoridade saúde estão a adoptar para avaliar se houve pessoas que contactaram com a bactéria?”, perguntou.

Da parte do executivo socialista não vieram mais esclarecimentos. “Esta questão está mais do que explicada, isto não é nenhum surto”, frisou Alexandre Almeida, presidente da Câmara.