“Casa Portuguesa” é o tema da 55.ª Capital do Móvel que se realiza entre 26 e 30 de Maio, desta vez em Lisboa, cumprindo uma ambição dos empresários e da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF).

No Pavilhão Carlos Lopes, que contará com a presença de 50 expositores que vão mostrar o melhor do mobiliário e decoração produzido na região, serão permitidas 500 pessoas em simultâneo no edifício, respeitando as medidas de prevenção face à Covid-19. Haverá corredores mais largos; caminhos de circulação definidos; dispositivos de desinfecção das mãos em todos os acessos e em todos os stands; presença contínua de equipas de limpeza e desinfecção dos espaços e controlo de temperatura no acesso à Feira por todos os participantes, desde expositores, staff e visitantes, entre outros, assegura a organização.

O certame já tinha sido realizado no Porto. A meta em Lisboa é a mesma: abrir novas portas e chegar a novos públicos, dando mais visibilidade ao mobiliário da Capital do Móvel.

Chegar a mais pessoas e parceiros de negócios

“O facto de este ano levarmos a Feira até Lisboa é mais um passo dado em direcção à prosperidade da Capital do Móvel. Há muito tempo que ambicionávamos realizar o evento em Lisboa e este ano conseguimos marcar presença. A capital portuguesa, como principal pólo económico do nosso país, revela-se muito importante para aquilo que são as aspirações da AEPF e dos seus associados: o crescimento do nosso tecido empresarial”, explica Samuel Santiago, presidente da AEPF.

“Tanto o Porto como Lisboa dão-nos a oportunidade de chegar a um maior número de pessoas, bem como de estar mais perto de novos parceiros de negócio. Desta forma, a realização da Feira nestas cidades abre-nos novas portas”, acredita.

Nesta 55.ª feira, o objectivo é dar “maior visibilidade à Capital do Móvel e, consequentemente, chegar a novos públicos”, captando ao mesmo tempo novos clientes e parceiros e gerando oportunidades de negócio.

“A Feira Capital do Móvel tem vindo a gerar entre 1,5 a 2 milhões de euros” em negócios, refere Samuel Santiago.

Empresas com quebras de facturação, mas a resistir

Questionado sobre a forma como as empresas do mobiliário de Paços de Ferreira estão a reagir às dificuldades trazidas pela pandemia e se têm sido muito afectadas, o presidente da AEPF admite que as empresas “apresentaram quebras de facturação e algumas tiveram mesmo de entrar em processos de layoff”. “Além disso, muitas necessitaram de recorrer aos fundos de investimento do Portugal 2020, através dos programas Activar e Activar Rendas, bem como a outros apoios para a retoma económica. Não obstante, não temos conhecimento de despedimentos, pelo contrário, mais uma vez tem sido evidente a resiliência das nossas empresas na superação das adversidades”, sustenta.

Depois de 2019 tem sido o melhor ano para a fileira do mobiliário, “que exporta cerca de 90% da sua produção”, em 2020 o sector “perdeu 14% do volume de exportações, causando prejuízos às empresas”. Para ajudar a combater isso, a Associação Empresarial de Paços de Ferreira tem prestado a todas as empresas interessadas serviços de consultoria, com o intuito de as informar sobre os programas disponibilizados pelo Governo no âmbito da retoma económica.

Mas Samuel Santiago concorda que é preciso mais apoios: “Até ao momento, as nossas empresas apesar de terem resistido continuam a precisar de incentivos para que consigam manter a sua actividade em funcionamento e evitem prejuízos mais avolumados”.

Esta Feira em Lisboa é “um momento importante” para os empresários mostrarem “a sua vitalidade”, defende o dirigente. “A realização da 55.ª Capital do Móvel vem dar um novo impulso aos expositores presentes, que assim têm oportunidade de verem o seu trabalho e esforço reconhecidos.  Acrescido pelas oportunidades de negócios, que se venham a gerar, impulsionadas pelo poder de compra local”, conclui.