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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) elegeu novos órgãos sociais para o quadriénio 2022/2025 no 44.º Congresso, realizado, no sábado, em Santarém.

António Nunes, antigo presidente e inspector-geral da ASAE, foi eleito presidente e sucede a Jaime Marta Soares. Tomará posse, em Paredes, a 8 de Janeiro de 2022.

Emanuel Santos, comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, integra a lista vencedora e é um dos cinco vice-presidentes do conselho executivo da Liga. Garante que as ideias de António Nunes são “aquilo de que os bombeiros estão a necessitar”.

É “prioritário” melhorar o financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, criar a carreira do Bombeiro Profissional nas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e criar o Estatuto do Bombeiro Voluntário

Ao Verdadeiro Olhar, Emanuel Nunes lembra que “há bastante tempo que os Bombeiros se queixam da falta de quem os represente, de quem defenda os seus interesses, de quem tenha a capacidade de negociar com o Estado por melhores condições, no mínimo iguais àquelas que são dadas a outras instituições com funções similares à função dos bombeiros” que são o prestar socorro à população 24 horas por dia.

No programa de António Nunes viu “aquilo de que os bombeiros estão a necessitar”, pelo que se juntou à candidatura quando foi convidado.

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“António Nunes seja na área dos Bombeiros seja na área da Protecção Civil, seja noutros projectos em que esteve envolvido, concretizou-os sempre com êxito. O seu conhecimento/experiência pessoal, associado aos da equipa que lidera, que eu integro, e que com ele assumiu a candidatura, são uma mais-valia para que seja possível devolver aos bombeiros a sua identidade, com muita dedicação, contando com o apoio de todos e ouvindo os nossos bombeiros”, defende o comandante de Ermesinde.

“Na qualidade de vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, serei um dos membros da equipa que dará o seu melhor contributo para os projectos previstos no programa da nossa candidatura”, destaca. “É importante para os bombeiros portugueses terem bombeiros e dirigentes associativos com vontade de trabalhar e de levar a bom porto os projectos assumidos na candidatura. Que me lembre nunca houve, até à data, a presença de um comandante ou presidente da direcção nos Órgãos Sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses. É, para mim, um motivo de orgulho”, acrescenta ainda em resposta às questões colocadas.

Os projectos são muitos, mas Emanuel Santos afirma que é “prioritário” melhorar o financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, criar a carreira do Bombeiro Profissional nas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e criar o Estatuto do Bombeiro Voluntário. “Isto irá permitir dignificar os bombeiros, motivá-los na tarefa que cumprem diariamente, com abnegação, sacrifício profissional/pessoal, mas sempre com muito orgulho e profissionalismo”, acredita.

No distrito do Porto as lacunas existentes são as mesmas do país: “deficiente financiamento, ao atraso nos pagamentos por parte das entidades públicas” a quem as associação humanitárias prestam serviço. A isso junta-se “a enorme dificuldade que há em manter os bombeiros voluntários, pois as exigências são muitas e as compensações não existem, situação que seria minimizada com o Estatuto do Bombeiro Voluntário”, defende.

Emanuel Santos tomou posse, oficial, do cargo de Comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, em 2020 (antes estava em regime de substituição. Entre as funções que ocupa estão a de Comandante do Estado Maior dos Bombeiros do Distrito do Porto (desde 2006), Comandante de Permanência às Operações dos Bombeiros do Distrito do Porto (desde 2005) e Membro da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Valongo (de 2003 até hoje).