No séc. XVIII, após o terramoto de 1755, foi necessário reconstruir parte da cidade de Lisboa. Como todos sabem, um dos homens que esteve à frente desse processo foi o Marquês de Pombal, que, na altura, ousou sugerir medidas para as vias públicas muito acima daquelas que eram usuais. Foi considerado um exagerado, um louco. O tempo veio dar-lhe razão. E aquelas que eram ruas demasiado largas tornaram-se exíguas.

Qualquer pessoa que esteja à frente dos destinos de uma freguesia, de um concelho ou de um país tem de ser um espírito visionário e empreendedor. Tem de ter os olhos postos no futuro, analisando os sinais do rumo social e económico do espaço geográfico em que está inserida. Os acomodados limitam os horizontes e asfixiam os espíritos com iniciativa. Porquê? Porque é mais fácil, implica menos esforço e muitas vezes serve para atingir os objetivos de quem está no poder.

Estamos na reta final desta campanha eleitoral. Os partidos apresentaram os seus projetos. Leonel Vieira é ambicioso e apresentou um projeto arrojado, com os olhos postos no futuro. A oposição achou de mais, porque não tem coragem para projetar metade para Lousada, quanto mais concretizar! Mas aquilo que se apresenta como grandioso, passo a passo, vai nascer e crescer. Custa começar, eu sei. É mais confortável montar umas tendas, fazer uns espetáculos (que também são necessários, eu sei), passam-se os cheques e está feito. Ficaram umas horas de diversão (eu sei, também é necessária) e Lousada fica parada, à espera de novo evento, sempre fugaz e devastador de recursos financeiros.

Chega de Velhos do Restelo! De políticas que apenas servem os interesses de alguns! Chega de prepotência e de vassalagem. A Câmara Municipal de Lousada não é propriedade do Partido Socialista!  Quem lá trabalha, presta serviços ou a ela tem de recorrer não tem de ficar eternamente grato, nem estar sujeito a um contrato de vassalagem! E quem discorda das políticas levadas a cabo não pode ser discriminado. Isso é o que acontece nas ditaduras! Eu quero uma terra com liberdade! Eu quero um novo 25 de Abril em Lousada!

E para não ser acusada de plágio, quero esclarecer que o título deste artigo é o verso final da “Mensagem” de Fernando Pessoa, onde o grande poeta incita os portugueses à ação e à mudança. Também eu digo: É a hora! É agora!