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Algumas dezenas de proprietários de comércios locais do concelho de Paços de Ferreira manifestaram-se hoje criticando o facto de serem “os pequenos” a mais uma vez serem penalizados com este confinamento.

“Neste momento os deveres são iguais para todos mas não os direitos”, aponta Catarina Jorge, dona de uma loja de vestuário.

“Está tudo na corda bamba e as pessoas não sabem o que fazer”, refere, lembrando que os comércios agora obrigados a fechar, como as lojas de vestuário, as cabeleireiras, espaços de estética e restauração, entre outros, foram os mesmos que adoptaram todas as regras impostas, fazendo investimentos em alterações e passando, em muitos casos, a funcionar apenas por marcação.

“Continuamos a ser os mais prejudicados e há risco de se perderem empregos, porque as contas continuam”, dá como exemplo Catarina Jorge.

Entregaram, hoje, uma carta aberta ao presidente da Câmara de Paços de Ferreira e a outras entidades, pedindo ajuda.

Recorde-se que o documento pede que os deixem trabalhar, com segurança. “Com a declaração de um novo Estado de Emergência e a entrada em vigor do Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de Janeiro, com as medidas dele constante, se a subsistência dos nossos estabelecimentos já se afigurava difícil, então agora foi-lhes decretada a sua sentença de morte”, lê-se. “Impondo confinamentos que não alteram a progressão do vírus em contrapartida leva-se à falência e ao desemprego centenas de milhares de pessoas e pequenos negócios”, acrescentam os comerciantes, que apontam a dureza das medidas.