A União de Freguesias de Cristelos, Boim e Ordem é “liderada deficientemente por Eduardo Vilar” com uma “gestão centrada apenas no sentido do populismo ‘obrista’, do ego e do carreirismo político” que comprometerá o futuro daquele território, argumentam a comissão política do PSD Lousada e os seus eleitos na Assembleia de Freguesia.

Em comunicado, depois de uma visita realizada, os social-democratas criticam a falta de resposta social para crianças e idosos, já que existe apenas o Movimento Sénior, e a atenção “diminuta” dada às associações e instituições. “A União de Freguesias tem sido inerte na criação de dinâmicas que promovam o bem-estar e conforto da população, tendo, inclusive, nos últimos anos, havido associações a interromper as suas actividades”, diz o presidente do PSD Lousada, Simão Ribeiro.

O partido acusa ainda o executivo socialista desta união de freguesias de ter orçamentos com baixas taxas de execução, abaixo dos 50%.

“Nos últimos anos, o investimento tem sido quase todo realizado nos cemitérios e em obras de embelezamento. Assim, tem-se notado uma evidente ausência de investimento na resolução dos problemas dos cidadãos”, sustenta o PSD Lousada em comunicado, dizendo que a junta apenas se associa às obras da câmara e não “esquece as necessidades das zonas mais rurais das freguesias”. Os social-democratas apelam, por isso, à intervenção e melhoramento em várias ruas.

“O papel da União de Freguesias não pode ser só o executar de transporte de crianças para as escolas, nem só as obras físicas de cimento e betão, havendo ‘obras’ bem mais importantes para se investir e para contribuir para o enriquecimento e crescimento da comunidade, diz o partido da oposição, pedindo mais actividades que permitam criar laços entre a comunidade.

Apontam, por fim, a falta de limpeza dos arruamentos, bem como dos espaços simbólicos e históricos.

Contactado, o presidente da Junta desta união de freguesias limita-se a dizer que já estava a estranhar a “demora desta abordagem, pois já é prática habitual de quatro em quatro anos”. “As pessoas sabem o que temos feito, o empenho da nossa equipa de executivo e os melhoramentos em todo o território falam por si. O resto não merece qualquer consideração adicional”, refere Eduardo Vilar.