A unidade de Incontinência Urinária do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) realiza entre 30 a 50 consultas por semana. Os dados foram avançados durante um encontro sobre o tema onde se falou sobre os vários tipos de incontinência urinária, os diferentes tratamentos, numa discussão aberta à participação dos doentes e que contou com diversos especialistas.

Segundo o CHTS, o objectivo foi assinalar o Dia Mundial da Incontinência Urinária (14 de Março). “A incontinência urinária afecta cerca de 600 mil portugueses, mas apenas 10% procura ajuda médica, como ficou patente nas intervenções de vários especialistas, dando conta que o assunto é ainda um tabu para muitas pessoas, o que as impede de encontrar a cura. Seja através da cirurgia, fisioterapia ou medicação, a taxa de cura é de cerca de 90%, pelo que procurar ajuda médica é imperioso”, refere o centro hospitalar.

No CHTS, além do recurso à fisioterapia e aos fármacos, as soluções para os casos mais complicados podem passar, no caso de uma incontinência pós-cirurgia radical da próstata, por exemplo, pela colocação de um esfíncter artificial ou, nos casos mais acentuados de perdas de urina por esforço, o uso de redes para suporte da uretra. Seguindo as tendências mais actuais, o CHTS recorre também ao botox no tratamento desta patologia, descreve nota de imprensa.

A doença pode ter repercussões a nível pessoal e familiar, e até mesmo, como referiu o presidente do conselho de administração do CHTS, Carlos Alberto Silva, “afectar seriamente a vida profissional”, referindo-se ao caso de um doente que, por ter de sair muitas vezes do posto de trabalho para ir à casa de banho “acabou por perder o emprego”.