O Centro de Interpretação do Românico, localizado em Lousada, foi premiado num concurso internacional de arquitectura.

Este foi um dos nove projectos distinguidos na edição de 2019 dos Architectural Mastreprize na categoria “Arquitectura Cultural”. “É um grande orgulho para nós ver um dos nossos primeiros projectos distinguido internacionalmente. O nosso obrigado a todos os que contribuíram para que este edifício seja hoje uma realidade”, escreveram os responsáveis dos Spaceworkers, atelier de Paredes, nas redes sociais. Recorde-se que esta não é a primeira vez que o trabalho dos arquitectos Henrique Marques e Rui Dinis é premiado lá fora.

O Architecture MasterPrize recebeu candidaturas de 65 países. Dedica-se a premiar os melhores projectos do mundo em termos de Arquitectura, Design de Interiores e Arquitectura Paisagística, celebrando “a criatividade e a inovação”. “O AMP premeia o talento daqueles que vão mais além e estabelecem novos padrões, que tornam o ordinário em algo extraordinário  e que inspiram os outros, hoje e nas gerações futuras”, referem os responsáveis pelo galardão.

Foram distinguidos nesta edição os melhores projectos distribuídos por 42 categorias, que passaram pelo crivo de um júri conceituado.

A gala de entrega dos prémios decorre a 14 de Outubro no Museu Guggenheim, em Bilbau, Espanha.

O Centro de Interpretação do Românico foi inaugurado em 2018. Na altura, a directora da Rota do Românico, Rosário Machado, explicava que o edifício foi construído para explicar o que é o românico e divulgar os monumentos que integram a Rota do Românico, sendo o edifício contemporâneo, mas cheio de ligações a este estilo arquitectónico milenar. “Todo o edifício fala”, referia. “A porta do edifício é um arco de volta perfeita, um portal românico estilizado, e no tecto há referência à água com uma espécie de cardume de peixes que sobrevoa” o espaço, dá como exemplo. Além disso, o edifico é feito de betão, “a pedra da contemporaneidade”, e tem por base sete torres, que simbolizam os sete pilares da igreja, sendo fechado com um claustro e assemelhando-se a um burgo com várias ruas cruzadas.

Recorde-se que, em Maio deste ano, não o edifício, mas o Centro de Interpretação do Românico em si, arrecadou também prémios da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) 2019, nas categorias “Trabalho de Museografia”, “Aplicação de Gestão e Multimédia” e “Filme”. O projecto recebeu, ainda, uma menção honrosa na categoria “Melhor Museu do Ano”.