O CDS-PP enviou ao Governo um requerimento a perguntar ao ministro da Saúde se vai proceder à contratação de médicos pneumologistas para o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e ainda quando e quantos novos profissionais serão contratados.

Segundo comunicado do Grupo Parlamentar do CDS-PP, o requerimento seguiu esta manhã para o Ministério da Saúde.

Em causa, refere o partido, está o número de pneumologistas existentes neste centro hospitalar, que integra o Hospital Padre Américo, em Penafiel, e o Hospital de São Gonçalo, em Amarante. “Este centro hospitalar tem apenas cinco médicos pneumologistas de serviço quando, pelo número de utentes que a ele recorrem, devia ter 13”, sustentam.

O rácio definido para esta especialidade é de um médico para 40 mil habitantes, sendo que na região do Tâmega e Sousa residem mais de meio milhão de pessoas.

 “A falta de médicos pneumologistas no CHTS é ainda mais preocupante tendo em conta o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) onde é dito que Portugal era, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência de tuberculose, com 23 casos por cem mil habitantes”, afirmam os deputados Cecília Meireles, Pedro Mota Soares, Álvaro Castello-Branco (eleitos pelo distrito do Porto), Isabel Galriça-Neto e Ana Rita Bessa (membros da Comissão Parlamentar de Saúde), citados em comunicado.

A situação “é ainda mais grave e inaceitável atendendo ao facto de que, em Portugal, é a região do Tâmega e Sousa  a que tem a maior incidência de tuberculose e silicose”, acrescentam.

Os deputados do CDS-PP exigem uma resposta no prazo de 30 dias.

Este não é o primeiro partido a manifestar-se contra esta situação. Na semana passada, depois de uma visita ao Hospital Padre Américo, o PSD Penafiel veio a público reivindicar mais médicos da especialidade.

Segundo o portal do Serviço Nacional de Saúde, os tempos de espera para uma consulta de Pneumologia no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa são de 431 dias para os casos muito prioritários (o normal seriam 30 dias), de 170 dias nos casos prioritários (o estipulado são 60 dias) e 647 dias nos casos normais (quando o tempo normal seria de 150 dias).

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa reconhece o problema e diz que esta administração já tomou diversas medidas para colmatar estas dificuldades, já tendo realizado um pedido de recrutamento de médicos especialistas, que está já previsto no concurso nacional a abrir pelo Ministério da Saúde a muito curto prazo.