Candidata a presidente. Raquel Moreira da Silva, a ex-vereadora da Câmara Municipal de Paredes pelo PSD, é uma figura incontornável nos últimos 20 anos da vida autárquica do concelho. Em 2012, em divergência com o presidente da Câmara Municipal, Celso Ferreira, devolveu-lhe os pelouros que ele lhe tinha confiado. Em 2013, foi dada como candidata à presidência da autarquia pelo PS. Na entrevista que publicamos esta semana, confirma que foi contactada pelo PS (tal como pelo CDS-PP e por um grupo de independentes) e desmente que alguma vez tenha ponderado aceitar tal candidatura. Confrontada com a pergunta sobre se aceitaria voltar a integrar uma lista à Câmara Municipal de Paredes, a ex-vereadora é lacónica: se alguma vez regressar à Câmara Municipal, será para desempenhar o papel de presidente. Enquanto no seio do PSD se vive uma guerra surda pela liderança da próxima Comissão Política Concelhia, para poder influenciar a escolha do próximo candidato à Câmara, Raquel Moreira da Silva vai andando para a grelha de partida.

Tudo resolvido! Esta semana também ficámos a saber alguns pormenores sobre os pontos de entendimento entre o PS, PCP e BE para a viabilização de um Governo de esquerda. As grandes matérias que prometem tirar o país da actual crise financeira e que irão permitir aos portugueses prosperarem são – espante-se! – abolir as taxas moderadoras às senhoras que querem fazer um aborto (quem partir uma perna, por exemplo, fique tranquilo, porque vai continuar a pagar a taxa moderadora), permitir a adopção de crianças por casais homossexuais (mesmo que os casais heterossexuais demorem, actualmente, mais de quatro anos a conseguir adoptar, por falta de crianças), acabar com os exames do 4.º ano de escolaridade (há dois anos, o meu filho mais novo teria adorado a ideia) e acabar com a entrega de hospitais às misericórdias. Afinal, andámos oito anos a amargar, quando a coisa era tão simples de resolver… Quando é que esta gente começa a falar a sério?

O segredo é a alma do negócio. Desde que José Sócrates foi detido que os seus advogados passaram o tempo todo a exigir que o processo deixasse de estar em segredo de justiça. Segundo os causídicos, o segredo de justiça impedia uma melhor defesa de José Sócrates e estava a impossibilitar que o povo soubesse a verdade sobre a detenção do ex-Primeiro-Ministro. Agora que o processo deixou de estar em segredo de justiça, José Sócrates avançou com uma providência cautelar para impedir os jornais de publicarem factos que constam no processo. O homem continua a ser um artista…