A dívida municipal continua a baixar. E as autarquias da região seguem a tendência. Os dados disponibilizados pelo Portal de Transparência Municipal, relativos ao 3.º trimestre de 2015, mostram que as Câmaras de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo, estão a diminuir a sua dívida total.

Ainda assim, a dívida das autarquias de Paços de Ferreira, Paredes e Valongo mantém-se acima dos 50 milhões de euros.

 

Lousada tem a menor dívida. Paços de Ferreira a maior

Dívida total das autarquias (milhões de €)

  • Lousada
  • Paços de Ferreira
  • Paredes
  • Penafiel
  • Valongo

Com base nos dados da Direcção-Geral das Autarquias Locais, o Portal de Transparência Municipal actualizou, em Fevereiro, os números da dívida das 308 câmaras municipais do país, relativos ao 3.º trimestre de 2015.

E a tendência mantém-se. As autarquias continuam a diminuir a sua dívida total. O mesmo acontece na região. Todas as câmaras que integra o Tâmega e Sousa e a Área Metropolitana do Porto (AMP) reduziram a sua dívida no último ano.

Na AMP, os municípios mais endividados são os de Vila Nova de Gaia (170,94 milhões de euros), Porto (116,3), Gondomar (110,3) e Maia (98,5). Já os com dívida mais reduzida são Arouca (3,8 milhões de euros), São João da Madeira (8,2) e Vale de Cambra (12,8).

Dívida total das autarquias (euros)*
Câmaras201320143.º trimestre de 2015
Lousada15.862.920,3613.223.400,9312.861.446,88
Paços de Ferreira109.815.954,9964.410.701,4158.356.731,12
Paredes65.263.192,9860.046.233,6454.231.949,30
Penafiel41.258.116,8328.184.241,5327.849.191,75
Valongo60.026.229,5153.314.947,5950.432.371,04
* Dados do Portal de Transparência Municipal, reportados pela Direcção-Geral das Autarquias Locais. Dívida total = inclui os empréstimos, os contratos de locação financeira e restantes dívidas a terceiros decorrentes de operações orçamentais; e também a dívida bruta dos serviços municipalizados, das entidades intermunicipais e entidades associativas municipais, empresas municipais e entidades participadas, quando se encontrem em situação de desequilíbrio financeiro, explica o Portal.

Já no Tâmega e Sousa é Paços de Ferreira que lidera a lista das autarquias com maior dívida (58,4 milhões de euros), seguida de Marco de Canaveses (29,0) e de Penafiel (27,8). No extremo, com a menor dívida, estão as câmaras de Cinfães, com dois milhões de euros, de Baião, com 4,7 milhões de euros e de Resende, com 7,2 milhões de euros.

Levando em conta apenas as cinco autarquias desta região, Paços de Ferreira (58,4), Paredes (54,2) e Valongo (50,4) são as mais endividadas, apesar de estarem a reduzir a sua dívida nos últimos anos. Entre 2014 e o 3.º trimestre de 2015, Penafiel e Lousada também baixaram o seu nível de endividamento, embora de forma ligeira. Estão agora com 28,4 e 12,9 milhões de euros de dívida, respectivamente. Lousada é a autarquia com menor dívida da região.

 

Paços de Ferreira mantém-se como o concelho com maior dívida municipal por habitante

A divisão da dívida total de cada câmara pela sua população permite ter uma ideia da dívida municipal por cada habitante.

Mais uma vez, neste campeonato, são os habitantes de Paços de Ferreira que lideram. Neste concelho, a dívida por habitante é de 1.025 euros. No Tâmega e Sousa seguem-se os municípios de Celorico de Basto, com 809 euros, e o de Castelo de Paiva com 706 euros.

Dívida municipal por habitante (euros)*
Câmaras201320143.º trimestre de 2015
Lousada334,31278,68271,05
Paços de Ferreira1.929,001.131,421.025,08
Paredes749,98690,03623,21
Penafiel574,24392,28387,61
Valongo632,63561,9531,52
* Divisão do valor de dívida pela população de cada município.

Na Área Metropolitana do Porto há concelhos com valores superiores. O mais elevado é em Espinho (1.157 euros), seguindo-se a Trofa (959) e Vila do Conde (724). Paredes é o sexto concelho da AMP, e o segundo desta região, em que a dívida municipal por habitante é mais elevada – 623 euros. Segue-se Valongo, com 531 euros.

Lousada tem mais uma vez o valor mais baixo de dívida por habitante, 271 euros, e Penafiel chega aos 388 euros.

Em todos os casos, os valores são muito inferiores aos de 2013.