Depois de municipalizar a recolha de resíduos sólidos urbanos, a Câmara de Paços de Ferreira quer substituir os 2.200 contentores do lixo do concelho por equipamentos “novos e mais modernos”, adianta o vice-presidente da autarquia.

Segundo Paulo Ferreira, a meta é, até ao final do mandato, cumprir este desígnio. “A pandemia veio alterar os prazos, mas contamos que arranque para o próximo ano, de forma faseada”. diz, lembrando que será um investimento elevado.

A Câmara, que ainda considerou e aprovou a criação de uma empresa municipal para gerir o serviço, a Ambipaços, acabou por desistir, devido ao fim do contrato com a SUMA e à demora das respostas da ERSAR e do Tribunal de Contas, refere o vice-presidente. Decidiu antes municipalizar a recolha, internalizando-a na estrutura da autarquia.

O município contratou cinco motoristas e 10 cantoneiros e arrancou, ontem, com a recolha do lixo. O investimento em recursos humanos ronda os 80 mil euros para este ano. Por sua vez, o aluguer operacional dos quatro camiões  em circulação ascende a 250 mil euros, somando-se a isto outros custos, como os do gasóleo e de deposição de resíduos em aterro, por exemplo. “Já estamos a preparar um concurso público para o aluguer operacional dos camiões por mais anos”, afirma o autarca.

Paulo Ferreira diz mesmo que é objectivo contratar mais pessoas, já que a Câmara vai adquirir também uma varredora para fazer limpeza urbana, não só nas cidades de Paços de Ferreira e Freamunde, onde acontecia até agora e será reforçada, mas também nas restantes freguesias.

O vice-presidente acredita que haverá uma poupança de 35 a 40% em relação ao que era pago à SUMA. “Mas isto só se irá reflectir quando se amortizar o investimento”, não esconde.

“Serão valores muito inferiores aos pagos à empresa privada. Vamos poupar ao erário público e melhorar o serviço”, sustenta Paulo Ferreira. “A nossa previsão é de que sejam poupados 400 mil euros por ano quando estivermos em velocidade cruzeiro”, acrescenta.

A meta do município é reflectir essas poupanças no futuro, reduzindo a factura aos munícipes.

“Uma empresa privada ganha mais quanto mais lixo recolher. Com o município não será assim. Quanto menos lixo recolhermos e depositarmos em aterro melhor. Queremos é continuar a aumentar as taxas de reciclagem”, explica o vice-presidente, lembrando que o concelho atingiu as metas previstas no último ano pela Ambisousa.

Para já a recolha do lixo continuará nos mesmos moldes e com as mesmas rotas, com a diferença de poderem adaptar-se e acudir em tempo real a problemas de contentores cheios, dá como exemplo Paulo Ferreira. Querem também aumentar o número de recolhas em algumas freguesias.