A Deputada do Bloco de Esquerda, Maria Manuel Rola, referiu, esta  segunda-feira, no final de uma reunião com a direcção da  Ambisousa, Empresa Intermunicipal de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos, em Lousada, que o seu partido está preocupado com a situação do aterro de Sobrado, em Valongo, afirmando existir um “grave” problema de fiscalização e um desconhecimento quanto ao tipo de resíduos que aí são colocados.

“O aterro de Sobrado é um aterro privado que tem vindo a receber resíduos da zona, mas também resíduos importados. Existe um grave problema de fiscalização e não sabemos que tipo de resíduos são aí colocados. Os cheiros são de facto nauseabundos, não se tem a certeza do que está ali a ser colocado e é um aterro que está claramente a ser dirigido de uma forma opaca, sem capacidade de intervenção da própria população e é algo que a comunidade tem vindo a questionar. Existe agora uma Comissão de acompanhamento a esse aterro, mas o que o Bloco de Esquerda defende que a população tem de estar envolvida e perceber aquilo que se passa neste equipamento para conseguir intervir, garantir qualidade de vida e garantir também a saúde pública”, afirmou, sustentando que o Bloco de Esquerda tem relatos de um panorama em que as pessoas deixam de poder sair de casa, são picadas e têm alergias fortes.

“Assim é difícil viver e ter qualidade de vida e garantir um bom tratamento dos resíduos que é aquilo que ali não está a ser garantido”, expressou.

Refira-se que durante a manhã desta segunda-feira, Catarina Martins, coordenadora do Bloco, esteve de visita ao equipamento e manteve-se em contacto com a população de Sobrado, Valongo e com a Associação Jornada Principal, junto ao aterro, Vale da Cobra, em Sobrado.

A visita teve como objectivos perceber a situação dos aterros no distrito do Porto e que segundo os bloquistas têm sido alvo de muitos protestos por parte da população.