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Humberto Brito foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira e reforçou a votação para a vereação, assembleia municipal e juntas de freguesia, tendo conquistado a maioria absoluta com um score eleitoral de 64,76% contra 29,03% do PSD.

Comparativamente às últimas autárquicas, o candidato socialista obteve mais mandatos e mais votos para a câmara municipal, passando de 14.437 votos, valores de 2013, para 21.125 votos. Já o PSD perdeu votos, passando de 13.669 votos (44,43%), registados em 2013, para 9.470 votos (29,03%), obtidos nas eleições de domingo.

O PS elegeu assim mais um vereador, passando a contar com cinco representantes no executivo, enquanto o PSD perdeu um vereador e terá apenas dois eleitos.

Infografia: MAI

Para a Câmara Municipal, o PCP perdeu votação, tendo registado 1,33%, contra os 2,65% obtidos há quatro anos. O CDS-PP não foi além dos 1,11%. Já o Partido Trabalhista Português, último classificado nesta corrida às autárquicas, registou uma subida, passando de 0,56%, 173 votos, obtidos há quatro anos para 0,69%, 224 votos.

Para as assembleias de freguesia e comparativamente a 2013 , o PS manteve as quatro assembleias de freguesias em que já era poder e conquistou mais três (Sanfins, Lamoso e Codessos, Carvalhosa e Raimonda) que pertenciam ao PSD.

Para a Assembleia Municipal, os socialistas obtiveram, também, a maioria dos deputados, tendo eleito mais dois deputados, registando um score de 58,28%, 13 deputados municipais, contra 33,89%, 8 deputados do PPD/PSD. Há quatro anos, o PS elegeu 11 deputados municipais contra 10 do PSD. Ricardo Pereira será o novo presidente da Assembleia Municipal.

Infografia: MAI

O PS venceu nas 12 freguesias as eleições para a câmara e assembleia municipal.

A abstenção no concelho foi de 33%.

Conheça os resultados de todas as freguesias aqui.

As Reacções dos candidatos

“É um sentimento de emoção verificar que a população reconheceu o nosso trabalho. Foram quatro anos difíceis, muito duros. O importante não é o score eleitoral. O fundamental é que o concelho se tenha reencontrado consigo próprio e as pessoas tenham percebido que fizemos um esforço para endireitar as contas municipais, oferecer os manuais escolares, termos água ao preço justo, tudo isto com tão pouco dinheiro. Por outro lado, esta vitória aumenta a nossa responsabilidade. A população confiou e quando se confia a responsabilidade é maior. Os próximos quatro anos serão de muito trabalho e queremos fazer de Paços um grande concelho de referência nacional e internacional. O facto de termos maioria é bom para nós porque há assuntos complicados que vamos ter de solucionar. Por outro lado, concordo que faz falta uma oposição séria, responsável e empenhada e com menos politiquice. Espero que o PSD trabalhe connosco”, Humberto Brito, presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira (em declarações ao jornal Imediato na noite eleitoral)

 

“Faço uma leitura destes resultados que divido em três vertentes: uma que não nos é imputável e que tem a ver com os resultados nacionais. Claramente o PSD foi penalizado a nível nacional, com o PS a conseguir mais de metade das câmaras. No Vale do Sousa isso teve, também, repercussões, com o PS a vencer a maioria das câmaras, à excepção de Penafiel. Por outro lado, o facto dos indicadores económicos darem sinais que o país está numa fase de crescimento acabou por beneficiar o PS e influenciar os eleitores. Depois, existem factores que nos são imputáveis e esses prendem-se com o facto do PSD Paços de Ferreira durante três anos não se ter conseguido encontrar e com o facto de termos começado a planificar a campanha pouco tempo antes das eleições. Temos de trabalhar de forma mais contínua e sistemática. O principal responsável pela derrota sou eu”, Joaquim Pinto, candidato do PSD

 

 

“Foi um resultado aquém do que esperávamos, mas que acompanhou os resultados registados pela CDU a nível nacional. O nosso objectivo passava por eleger um deputado municipal, não o conseguimos, mas recordo que há quatro anos estivemos muito próximos de conseguir. Resta-nos continuar a trabalhar”, Armando Amorim, candidato da CDU

 

 

“Apesar dos resultados, o PTP aumentou a sua votação relativamente a 2013. Neste acto eleitoral passamos de 174 votos para 224 votos para a Câmara Municipal, tivemos mais 50 votos”, Floriano Silva, Partido Trabalhista Português

 

“Os resultados do CDS-PP em Paços de Ferreira não me surpreenderam. Além das dificuldades financeiras que o partido enfrentou a nível distrital e a nível nacional, deparamo-nos com uma oposição de alguns membros afectos ao CDS-PP que procuraram condicionar a nossa campanha”, Paulo Martins, CDS-PP