Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

A sessão solene comemorativa dos 186 anos da elevação de Paços de Ferreira a concelho aconteceu, esta manhã, no salão nobre da autarquia, com a homenagem a 13 personalidades e instituições, algumas a título póstumo.

Para Humberto Brito, foi dia de evocar a história e “gente de especial fibra e engenho, gente das artes e do trabalho, gente dedicada e competente, gente que fez de nós gente, que nos honram e orgulham e a quem muito devemos”.

Estas homenagens, disse o presidente da Câmara, são uma forma de “perpetuar os valores e os princípios, o legado do conhecimento, saber e tradições, a natureza do que somos hoje”. Além de ser um reconhecimento, esta entrega de Medalhas de Ouro do Município visa que estes homenageados sirvam de exemplo para que outros engrandeçam também o nome do concelho, defendeu o edil.

Os distinguidos deste 6 de Novembro contribuíram para o prestígio de Paços de Ferreira “através do desenvolvimento da actividade comercial, industrial, artística, desportiva, associativa ou cultural”. Foram medalhados a artista plástica de referência nacional, a pintora Maria Liseta Amaral; o Comendador Rodrigo Pedrosa, fundador e director executivo da DIVERCOL – Indústrias Químicas, Lda.; Manuel José Monteiro, fundador e director executivo da M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda.; Vitorino Ribeiro, personalidade da arte e da cultura de Freamunde; Tiago Bettencourt, músico e compositor; o Clube Desportivo e Cultural Juventude Pacense; o Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró; a Época Gold – Mobiliário Internacional, S.A., na pessoa do seu administrador José da Silva Rocha; e a empresa José Luís – Madeiras, Lda., liderada por Filipe Gonçalves. A título póstumo foram ainda homenageados o advogado José Machado Leite, o arquitecto Paulo Bettencourt (director de Divisão da Câmara Municipal), José Maria Taipa, autarca e bancário, e Nelson Lopes, actor, encenador, escritor e personalidade de referência de Freamunde e do concelho.

Conheça os currículos dos homenageados que justificaram esta atribuição da autarquia.

Clube Desportivo e Cultural Juventude Pacense

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“O Clube Desportivo e Cultural Juventude Pacense, é uma associação privada sem fins lucrativos, de natureza cultural, recreativa e desportiva, de utilidade pública legalmente reconhecida, com atividade desde 1 de Abril de 1972 e que foi constituída formalmente em 11 de Maio de 1984.

É uma associação eclética, pelo número de modalidades e atletas que acolhe, com nome firmado no panorama desportivo e cultural do concelho de Paços de Ferreira e da região que, há 50 anos, vem complementando a formação pessoal de cada um dos seus atletas com uma formação física de excelência, preparando Homens e Mulheres para serem vencedores, no desporto e na vida.

Várias são as notícias que, ao longo dos anos, nos dão conta dos êxitos desportivos desta prestigiada agremiação que, nas diferentes modalidades – desde o hóquei em patins, passando pelo ténis, pelo karaté, pelo voleibol, pelo basquetebol, até à patinagem artística, projetam o seu nome e o do concelho fora de portas e dão a conhecer à sociedade os seus vários campeões (a nível distrital, regional, nacional e mesmo europeu).

Para além de promover a prática desportiva de forma eclética, o clube organiza diversas iniciativas abertas à comunidade, como é caso do torneio de vólei de praia e do campus de férias de basquetebol e mantêm uma componente cultural. Recordamo-nos das boas atuações do seu grupo de Orfeão, hoje inativo, e temos bem presente os magníficos espetáculos sobre patins, organizados pela sua secção de patinagem artística, por ocasião do Natal e Fim de Ano, o último dos quais contou com a assistência de mais de 10 mil pessoas, tornando-se um evento de enorme o impacto cultural no concelho.

O Clube Desportivo e Cultural Juventude Pacense, nestes 50 anos de atividade ininterrupta,formou milhares de jovens, do nosso concelho e de concelhos próximos, e tem hoje uma média anual de 500 atletas inscritos nas diversas modalidades, distribuídos por inúmeras equipas, nos diversos escalões etários,com clara e histórica prevalência nos escalões mais jovens.

Referência, reconhecida e prestigiada, a nível local, regional e nacional, no panorama desportivo de clubes amadores marcadamente de formação e ecletismo, o Juventude Pacense apresenta um passado notável, um presente sustentado e sólido e um futuro promissor, pelo que é motivo de orgulho de todos nós.”

Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“O Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró nasceu em 5 de Fevereiro de 1970, sob a designação de Biblioteca de Figueiró. Tinha as suas instalações sociais na residência Paroquial de Figueiró, habitada pelo Padre António Pereira de Silva Vieira.

Inicialmente a sua actividade era a leitura de livros que ia adquirindo e de outros que os seus animadores requisitavam na biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian em Paços de Ferreira. Promovendo a sua actividade cultural, a biblioteca de Figueiró foi organizando sessões de debate, espectáculos públicos recreativos e culturais, exposições de pintura, em colaboração com a escola, imagens recreativas e o fornecimento de livros escolares gratuitos aos seus associados desde o primeiro ano de escola primaria ao sétimo ano de ensino secundário e sessões de cinema e teatro.

Paralelamente, os seus associados também praticavam futebol, sob a orientação de um mais velho (Luís Monteiro).

Em 1974, a colectividade adoptou a designação de Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró, elaborando os seus símbolos, logotipo, bandeira e estandarte.

Em 1975 as suas instalações foram transferidas para o rés-do-chão da escola primária das Lamas.

Com o advento do 25 de Abril o Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró, intensificou as suas atividades culturais e alargou aos seus associados a prática de outras modalidades desportivas além do futebol, nomeadamente do andebol, do voleibol, do futebol de cinco e de salão e do atletismo.

Aumentaram as sessões de cinema, as exposições, os espectáculos públicos e criaram-se os jogos TEREIS, conto e poesia. No desporto, as equipas participavam nos torneios municipais de andebol, voleibol e futebol inter-freguesias e nas inúmeras provas de atletismo que se organizavam um pouco por toda a parte. Ficaram celebres as suas participações.

Entretanto o Clube arrendou um terreno na Aldeia Nova e nele construiu um campo de futebol onde os jogos passaram a disputar-se. Esse campo foi electrificado em 1989 e após vários melhoramentos a partir de 1977, constitui o actual Campo Luís Portos, recentemente melhorado com bancada e piso sintético, onde mais de uma centena de atletas de vários escalões etários pratica futebol.

O Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró filiou-se na Associação de Futebol do Porto em 1989, inscrevendo a sua equipa sénior no campeonato amador, que disputou até a época de 2010/2011, e tem vindo a disputar o campeonato da 2.ª Divisão Distrital desde a época 2014/2015. Nas épocas 2011/2012 a 2013/2014 disputou as provas amadoras/populares, organizadas pela Associação de Futebol Amador de Paços de Ferreira. Na época 1991/1992, o Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró inscreveu pela primeira vez uma equipa da formação para disputar o campeonato de iniciados. Desde então tem vindo a inscrever equipas dos vários escalões de formação, abrangendo mais de três mil jovens atletas.

Em 2000, o Clube Recreativo e Cultural 1.º de Maio de Figueiró transferiu a sua sede para as novas instalações no Complexo Desportivo Luís Portos, na Avenida Aldeia Nova.

Referência, reconhecida e prestigiada, a nível local e distrital, no panorama desportivo de clubes amadores, o Clube Recreativo e Cultural 1.º de maio de Figueiró tem, ao longo dos seus 52 anos de existência, desenvolvido uma meritória atividade desportiva e cultural de reconhecido interesse municipal.”

José Machado da Costa Leite

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“José Machado da Costa Leite nasceu no dia 27 de Setembro de 1944, nestas terras de Santa Eulália de Paços e de Ferreira e faleceu na cidade do Porto, a 26 de Janeiro de 2019, vítima de cancro, contava então 74 anos.

Licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1968, tomou a advocacia como encargo e honra da sua vida. Tornou-se, por isso, no dizer de seus amigos “um advogado sabedor e experimentado, de inteligência fulgurante, sagaz, que sempre se impôs pela lealdade das suas atitudes e pela frontalidade do seu comportamento, deontologicamente exemplar”. Desempenhou as funções de presidente da Delegação da Ordem dos Advogados na Comarca de Paços de Ferreira.

Dedicou grande parte da sua vida à causa pública, em geral, e às causas da sua terra – Paços de Ferreira – em especial.

Foi fundador e dirigente da Associação de Pais da Escola Secundária de Paços de Ferreira, presidente da Direção do Grémio da Lavoura do Concelho de Paços de Ferreira, C. R. L., de Agosto de 1972 a Janeiro de 1975, presidente da Assembleia Geral da Cooperativa “ A Lavoura do Concelho de Paços de Ferreira C.R.L”, de Janeiro de 1982 a Janeiro de 1985,fundador e presidente da Assembleia Geral da “PaçosCoope – Cooperativa de Consumo de Paços de Ferreira”.

Foi um dedicado sócio e, por via disso, um generoso benemérito da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira – de que seu pai, Francisco da Costa Leite, fora fundador e benemérito, em 1931. Foi, também, presidente da sua Direção de 1976 a 1978, presidente da Mesa da Assembleia Geral de 1979 a 1987 e de 1994 a 1996 e Presidente do Concelho Fiscal de 1988 a 1991.

Foi Presidente da Mesa da Assembleia Geral de Irmãos da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Paços de Ferreira de 2007 a 2009.

Sócio e administrador, que foi, de uma importante empresa de transporte público de passageiros – a Auto-Viação Pacense, Lda. –, foi, anteriormente a 25 de Abril de 1974, membro da Direcção do Grémio dos Industriais de Transportes em Automóveis em cuja qualidade integrou, por escolha dos seus pares de indústria, a Câmara Corporativa, exercendo, durante a XI Legislatura, de 15 de Novembro de 1973 a 25 de Abril de 1974, as funções de Procurador na VII Secção – Transportes e Turismo (1.ª Subsecção – Transportes terrestres).

Posteriormente a 25 de Abril de 1974, foi membro da Direcção e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ANTROP – Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros – associação de âmbito nacional, com sede na cidade do Porto e delegação na cidade de Lisboa, congregando, de norte a sul do País, as empresas de transporte colectivo rodoviário de passageiros.

Foi também membro da Direcção da Associação Portuguesa de Viagens e Turismo, no biénio de 1996/1997.

Foi membro do Conselho Municipal de Paços de Ferreira.

Foi eleito como “independente” na lista do Partido Social Democrata e desempenhou as funções de Presidente da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira, em Janeiro de 1986, contribuindo para o desenvolvimento do nosso Concelho e cumprindo de forma dedicada as funções para que foi eleito.

O Doutor José Machado da Costa Leite, pessoa frontal e autêntica, foi um cidadão íntegro e exemplar, um profissional competente e um defensor entusiasta de Paços de Ferreira, sua terra natal, merecedor do nosso reconhecimento público, ainda que a título póstumo.”

Época Gold – Mobiliário Internacional, S.A., liderada por José da Silva Rocha

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“A Época Gold – Mobiliário Internacional, S.A. é uma sociedade por quotas, detida pelo empresário José da Silva Rocha e seus filhos Luís e Diogo, que se dedica à produção e comercialização de móveis, utensílios e equipamentos para área hoteleira – hotéis, residenciais, palácios, restaurantes, villas e resorts, utilizando os melhores materiais, desde o metal à madeira, passando pela cerâmica, pelos mármores e pelos têxteis, num processo produtivo que não esquece as autênticas técnicas artesanais e que proporciona um produto final “topo de gama”, acompanhado de um serviço excepcional e de qualidade ao cliente

Assente sobre pequena empresa, de cariz familiar, criada, em 1947, por seu avô, António Dias da Rocha, na freguesia de Rebordosa, do vizinho concelho de Paredes, e dedicada à produção de móveis por medida(o que em meados do século passado era considerado inovador), a Época Gold – Mobiliário Internacional, S.A., inicialmente denominada “Ponto Único – Imobiliária, S.A, foi constituída, em 1990, por José da Silva Rocha, então com 30 anos, que, visionário e munido do“saber como” daquela pequena empresa, numas pequenas instalações localizadas naquela referida freguesia de Rebordosa, deu inicio à produção de mobiliário doméstico, inicialmente para o mercado nacional e, a partir de 1993, para o mercado espanhol, embora tendo sempre como foco o mercadomundial.

Em 2021, a Época Gold – Mobiliário Internacional, S.A., transferiu todo o processo produtivo para novas instalações(próprias), localizadas na Zona de Acolhimento Empresarial de Seroa, neste concelho, onde foi diversificando o tipo de produção e áreas de negócio., tendo hoje cerca de 150 colaboradores, clientes em 4 continentes, 42 países e um volume de negócios que rondam os 20.000.000,00 euros/ano, contribuindo para o desenvolvimento do nosso Concelho e cumprindo de forma dedicada as funções para que foi eleito.

Época Gold – Mobiliário Internacional, S.A. é uma empresa de referência no sector do mobiliário, reconhecida e prestigiada a nível nacional e internacional, com responsabilidade social, que projecta os nomes de Paços de Ferreira e da marca “Capital Europeia do Móvel” mundo fora pelo que, a empresa e o seu administrador José da Silva Rocha são merecedores do nosso reconhecimento público.”

Vitorino Ferreira Ribeiro

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“Vitorino Ferreira Ribeiro nasceu a 30 de Março de 1941 no seio de uma família de modestos recursos, residente no lugar da Gandarela, na freguesia de Freamunde, terra onde ainda hoje reside. Seu pai, Henrique Ribeiro, era sapateiro e sua mãe, Joaquina Ferreira, era doméstica e faleceu relativamente cedo, vítima da tuberculose.

Começou a aprender as primeiras letras em 1949 com o professor Gil Aires, docente que o acompanhou até à conclusão 4.ª classe e o preparou para o exame de admissão ao nível seguinte, realizado no liceu Alexandre Herculano, na cidade do Porto. Diz guardar excelentes recordação do seu mestre, pois além de o ter preparado bem para a vida sempre o tratou como filho, acolhendo-o, inclusive, naqueles tempos difíceis, em sua casa.

A 2 de Janeiro de 1959, então com 13 anos, inicia a sua actividade profissional como empregado de escritório da Fábrica do Calvário, indústria dedicada à produção de móveis, mobiliário escolar e material didático, propriedade de António Pereira da Costa e localizada em Freamunde, onde viria a permanecer durante 16 anos. Em meados dos anos 70, aliciado pelo patrão António Teles com um incremento salarial significativo, muda-se para a Ibermetais, indústria de trefilaria localizada a cerca de 150 metros da casa onde nasceu. Mais tarde ingressa no escritório de contabilidade do Nandinho Correia onde exerceu contabilidade durante cerca de 14 anos até que, em plenos anos 90, já com 55 anos, passa a exercer a actividade por conta própria.

Dedicado associativista, tem o seu nome intimamente ligado à fundação e dirigismo de muitas colectividades e a múltiplas realizações, sejam elas de natureza desportiva, cultural, política ou solidária, sempre de forma altruísta. Foi fundador da Escola Infantil de Música (1973), do Clube de Pesca e Caça de Freamunde (1976), da Associação Musical de Freamunde (1979), do Fórum Freamundense (2000.07.30) e da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Freamunde.

Sócio do Sport Clube de Freamunde, desde 1955, foi atleta (extremo direito da equipa de futebol) de 1958 a 1965 e participou num Torneio de “Velhas Guardas”. Enquanto dirigente, foi Presidente (época 1970/71), Vice-Presidente (época 1977/78) e Secretário da Direcção (épocas 1992/93, 1995/96) e Vogal da Comissão Administrativa (época 1994/95). Enquanto sócio dedicado, criou e integrou, em 1976, juntamente, com João Taipa, Fernando leal, Adriano Soares e o Eng.º Ercílio Valente, a Comissão de Obras Pró Estádio, tendo acompanhado esta até ao seu fim. Na época 1992/93, após a demissão de José Maria Gomes Taipa, foi o responsável pela concretização da iluminação do recinto de jogos do clube.

Durante 34 anos – de 1955 a 1989 – teve participação activa na execução de carros alegóricos para as Festas Sebastianas. Em 2002 e 2003 orientou a execução de dois carros alegóricos, sendo um alusivo ao Quim Loreira e outro à luta por Freamunde a Concelho. Teve parte activa em várias Comissões Executivas e Auxiliares das Festas. Desde os seus 19 anos fez parte da Comissão de Festas de Nossa Senhora da Conceição.

Sócio da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Freamunde há mais de 60 anos, tendo sido Secretário da Direcção durante o período de construção do quartel.

Associado da Associação de Socorros Mútuos Freamundense, desde 1978 até Janeiro de 2022, tendo assumidos os cargos de Presidente da Direcção (2001 a 2010) Secretário da Direcção (1983 a 2001), Presidente da Assembleia Geral (2011 a 2012) e Presidente do Conselho Fiscal (2013 a 2015).

Sócio do Clube Recreativo Freamundense, desde o 9 de Dezembro de 1959, tendo ocupado, mais do que uma vez, os cargos de Presidente e de Secretário quer da Direção quer da Assembleia Geral.

Sócio fundador Escola Infantil de Música de Freamunde (1973), assumiu, alguns anos, a Presidência da Direção e da Assembleia Geral, órgãos que também secretariou várias outras vezes.

Teve participação activa na Comissão comemorativa do Cinquentenário da Elevação de Freamunde a Vila, onde, no dia 13 de Junho de 1983, assumiu a funções de Secretário e a responsabilidade pela parte burocrática.

Integrou a Comissão Organizadora da Capital do Móvel em 1987.

Apoiou a tentativa da transformação da Casa do Povo de Freamunde numa extensão da Segurança Social.

Em 2016 trabalhou com todos os Centros de Convívio do concelho na organização de um espetáculo em que participaram 96 idosos e foi visto por largas centenas de pessoas.

Teve participação ativa na autoria e ilustração de livros: em 2001 fez 90% das ilustrações do Livro “PEDAÇOS DE NÓS”, que esteve na base do aparecimento da associação com o mesmo nome; em 2013 Ilustrou a totalidade do livro “GENTE DA NOSSA TERRA”. Estes dois em parceria com António Ribeiro Taipa, autor dos poemas; em 2009 participou no livro “1001 QUADRAS AO VINHO” com 150 quadras de sua autoria.

Entende a solidariedade e a tolerância como pilares essenciais na vida de uma sociedade livre, igualitária, económica e socialmente desenvolvida, pelo que, em 1974, filia-se como militante do Partido Socialista e aí exerce vários cargos, dos quais, ainda hoje, se sente muito honrado. Foi, por duas vezes, candidato à Freguesia de Freamunde, contudo não venceu as eleições.

Em representação do partido, mas por sorteio, foi Presidente da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Freamunde. Nesta qualidade e num período conturbado da história do país, após o 25 de Abril, em cerca de dois anos conseguiu: a compra do terreno para habitações sociais, a elaboração do respetivo projeto de edificação e a aprovação do seu financiamento; elaborou, com a ajuda de alguns amigos, o primeiro recenseamento eleitoral; viu concretizados alguns alargamentos de vias, o alcatroamento da que é hoje a Rua 25 de Abril e a construção de um fontenário e um lavadouro para o lugar onde nasceu e viveu mais de duas décadas: a Gandarela.

Fundou, em 1980, com mais três amigos (Albino Tristão, Pro. Nani Santos e Dr. Eduardo Santos) a Discoteca “TOCATA“, estabelecimento de diversão que trouxe a Freamunde muitos milhares de pessoas e que atingiu um elevado nível de popularidade projetando o nome da terra e o do concelho de Paços de Ferreira em toda a Região. Em 1990 decidiu afastar-se da sociedade.

Vitorino Ribeiro é, também, um homem de paixões: Cedo se enamorou por Maria Júlia, sua querida mulher, e é grande o amor nutre por seu filho, Joaquim Jorge, e seus dois netos. Contudo, o Senhor Vitorino tem dois outros grandes motivos de orgulho: A sua Terra – é um colecionador compulsivo de suportes de informação relativos a Freamunde, suas instituições e suas gentes; desde fotos, cartazes, medalhas, noticias e outros documentos que, aos milhares, guarda religiosamente e promete doar a instituição pública concelhia que neles manifeste interesse – e o Teatro Amador, ao qual dedicou largos anos da sua vida.

Começou a trabalhar para o GTF – Grupo Teatral Freamundense no início do ano de 1963, datilografando várias vezes a Opereta Gandarela e os papéis para as diversas personagens. Serviu o GTF até ao dia 16 de Fevereiro de 1998 – um dos dias mais tristes que teve de enfrentar, diz ele. Ao longo desses 35 anos foi actor, encenador, cenógrafo, caracterizador, ponto, maquinista e carregador de cenários. Entrou em cerca de 30 peças e interpretou cerca de 30 personagens ao longo das seis edições de espectáculos levados à cena por esta colectividade.

Homem, simples e humilde, de uma grandeza de carácter excecional, que cultiva uma grande afectividade com as pessoas e sempre deu o melhor de si à família e à comunidade no seio da qual nasceu e vive, pelo que Vitorino Ferreira Ribeiro é merecedor do nosso reconhecimento público.”

José Luís – Madeiras, Lda., liderada por Filipe Gonçalves

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“A empresa José Luís Madeiras, Lda., localizada na freguesia de Ferreira, deste concelho de Paços de Ferreira, foi fundada em 1994 e é especializada na transformação e comercialização de madeiras para a indústria do mobiliário, carpintarias, construção civil, design de interiores e outros nichos de mercado que também consomem esta nobre matéria-prima.

O seu fundador, Sr. José Luis Gonçalves, nascido, em 9 de Fevereiro de 1956, no seio de uma família ligada à agricultura, viveu a infância e a adolescência e fez os primeiros estudos no vizinho concelho de S. Tirso. Apesar de ter iniciado o curso técnico de comércio na Escola Tomás de Pelayo, na cidade da Santo Tirso, cedo se viu obrigado a iniciar a sua actividade profissional, primeiro na indústria têxtil, como tecelão e tintureiro e, mais tarde, no início dos anos 90, a convite de um colega, na área do comercio de madeiras e seus derivados. Trabalhador incansável, bem-sucedido na área, desenvolveu o gosto pela actividade ao ponto de, em Junho de 1994, fundar esta empresa, de cariz familiar, que bem geriu até ao final de 2008. Actualmente, vive a sua merecida aposentação em Vila do Conde, cidade pela qual desenvolveu um gosto especial.

A empresa, sofreu um processo de reestruturação, iniciado em Maio de 2009, liderado por Filipe Gonçalves, filho do fundador, então já como Gerente, e em Janeiro de 2015 vê concluído o processo de sucessão familiar, com a ascensão do Filipe ao cargo de Director Executivo da sociedade, que é detida, na totalidade, por este.

Filipe Gonçalves, nascido em 1 de Novembro de 1976, após ter concluído os primeiros estudos em Santo Tirso – cidade onde viveu a juventude – frequentou, com sucesso, o ensino secundário na cidade de Vizela e, em 2009, concluiu o Curso de Gestão na Universidade Católica Portuguesa. Desde cedo e seguindo as pisadas do pai José Luís, desenvolveu o gosto pelas madeiras, pelo que foi com naturalidade que, em 1994, iniciou as funções comerciais na empresa José Luís Madeiras – Lda. Pela sua capacidade de gestão e organização, têm-se afirmado como líder duma empresa com uma evolução constante e eficiente há mais de duas décadas.

A José Luís Madeiras – Lda, cresce de forma sustentada, com responsabilidade social, acompanhando as tendências do mercado global, respeitando as melhores políticas de sustentabilidade ambiental, apoiando sempre os seus clientes na criação de novos e inovadores produtos.

De facto, com a aposta estratégica na especialização no segmento das madeiras secas, a José Luís Madeiras, Lda, comercializa anualmente cerca de 15.000 m3 e processa a secagem artificial de 6.000 m3 em estufas próprias.

Com uma área global de mais de 22.000 m2, sendo 6.500 m2 de área coberta, permite acolher as melhores matérias-primas seleccionadas nas mais diversas espessuras, e manter as madeiras sempre devidamente secas.

Surge assim, com naturalidade, a certificação em qualidade segundo as normas ISO 9001:2008, concluída em Outubro de 2011. Desde Novembro de 2013 que os seus produtos são identificados com o logotipo PEFC, atribuído pelo Sistema Português de Certificação da Gestão Florestal Sustentável, reconhecido pelo PEFC Internacional, comprovativo de que provêm de florestas geridas de forma sustentável. Desde 2010, a empresa é distinguida pelo IAPMEI com o estatuto PME Líder.

Segundo dados da empresa, o ano de 2022 é, certamente, um ano de continuidade e de afirmação nos mercados nacional e internacional, que contribui de forma inequívoca para a consolidação dos investimentos que, de forma sustentada, foram efectuados ao longo dos últimos anos. 2020 é, uma vez mais, um ano de crescimento, reflectido num aumento considerável no volume de negócios da empresa, que ronda por esta altura os 58%, face ao período homólogo, pesando cerca de 40% a nível da exportação. Se em 2021, o volume de negócios da José Luís Madeiras, Lda foi de 3.949.559€ (78% mercado nacional e 22% exportação), em 2022, ultrapassaram os 5.000.000€ (62% mercado nacional e 38% exportação).

A instalação de painéis fotovoltaicos, que alimentam a área industrial, bem como a queima de biomassa de resíduos verdes, que alimenta energeticamente o processo de secagem, reduziram a dependência energética e, consequentemente, promovem protecção ambiental.

Os novos equipamentos produtivos, de última geração, reforçam o posicionamento da empresa na sua cadeia de valor e competitividade, proporcionando a inovação tecnológica do processo produtivo, enquadrado na Indústria 4.0, não impedindo um aumento significativo, a nível dos recursos humanos, que tem vindo a crescer nos últimos anos. Hoje, a empresa conta, diariamente com 28 colaboradores.

Para 2023 a empresa prevê continuidade e afirmação nos mercados nacional e internacional, de forma a consolidar ainda mais, os investimentos efetuados e que comprovam a evolução da indústria, da empresa e do produto, tornando a José Luís Madeiras, Lda um exemplo a seguir, estando comprometida com a sua visão de tornar a madeira um produto de excelência e de projetar o nome de Paços de Ferreira Mundo fora, com todos os benefícios que daí decorrem para a comunidade onde está inserida e para este concelho pelo que a empresa e o seu CEO, Sr. Filipe Gonçalves, são merecedores do nosso reconhecimento público.”

Tiago de Albergaria Pinheiro Goulart de Bettencourt

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Tiago de Bettencourt, cantor e compositor português, nasceu em 1979, na freguesia de Santa Cruz, concelho de Coimbra, tendo crescido na zona de Lisboa. Sua família paterna tem raízes em Paços de Ferreira, por isso, Tiago rumava a Paços nas ditas “festa de ano” e nas suas férias, tradição que manteve já na vida adulta. A sua relação com os Avós (João Goulart, que foi notário em Paços de Ferreira, e Maria Dulce, uma das mais antigas senhoras licenciadas em Direito pela Universidade de Coimbra) e o seu tio Paulo de Bettencourt, que muito se orgulhava de o ter ensinado a tocar viola e com isso o ter guiado no mundo da música, trouxeram-no sempre de volta às raízes.

Estudou no Colégio Luísa Sigea de S. João do Estoril e fez Arquitectura na Universidade Lusíada de Lisboa, licenciando-se em 2005. No final da sua vida académica, Tiago escolheu a Câmara Municipal de Paços de Ferreira para fazer o seu estágio do curso.

Foi desde sempre autor das letras, compositor e intérprete, primeiro com os Toranja e agora com os Mantha.

Autor de várias composições de referência da nova música portuguesa, e sempre em português, foi em 2003 que embarcou naquela que seria a sua primeira aventura em estúdio, com os Toranja, marcando para sempre o panorama musical português.

A riqueza da simplicidade dos seus poemas e melodias depressa captou a atenção do público com os álbuns “Esquissos” e “Segundo”. Temas inesquecíveis como “Carta” e “Laços” são indissociáveis da sua voz marcante. Em 2006 os Toranja anunciam uma pausa prolongada e é então que Tiago Bettencourt parte para o Canadá e tendo como banda de apoio os Mantha, grava o álbum “Jardim” com produção de Howard Bilerman (Produtor de “Funeral” dos ArcadeFire), editado em 2007 com êxitos como “Canção Simples”, “O Jogo”, “O Lugar” e “O jardim”.

Em 2010, é editado “Em Fuga”, também com produção de Howard Bilerman, com o single “Só Mais Uma Volta” e canções como “Chocámos Tu e Eu” ou “Caminho de Voltar”. A mesma edição exclusiva CD DVD contém imagens inéditas de estúdio durante a gravação de “Em Fuga”, juntamente com um concerto ao vivo que inclui também músicas de “O Jardim”.

No final do ano de 2011 é editado “Tiago na Toca e os Poetas”. Neste álbum, que surge acompanhado de um livro, Tiago música poemas de autores portugueses como Florbela Espanca, José Carlos Ary dos Santos ou David Mourão Ferreira na companhia de amigos como Carminho, Camané, Fernando Tordo, Pedro Gonçalves (Dead Combo), entre outros.

A 26 de Novembro de 2012 chega às lojas “Acústico”, uma imensa celebração onde reúne os convidados Lura e Jorge Palma, e munido dos melhores momentos de uma carreira exemplar assinala um percurso de uma década de muitas experiências e sucessos reveladores de uma das maiores vozes nacionais e de um dos grandes autores da sua geração.

Em 2014, Tiago Bettencourt apresenta o novo disco “Do Princípio”, contando com três colaborações de luxo, Jacques Morelenbaum, Mário Laginha e Fred Pinto Ferreira, além dos seus músicos habituais. Neste disco Tiago renova-se apresentando, entre outros, os surpreendentes “Aquilo que eu não fiz”, “Morena” e “Maria”.

Os anos 2015 e 2016 foram anos dedicados à apresentação ao vivo deste último álbum, concertos onde não faltaram todos os grandes sucessos da sua carreira.

O ano de 2017 fica marcado pelo lançamento do seu novo disco “A Procura”, uma viagem incessante em que Tiago Bettencourt nos guia ao longo desde sexto disco da sua carreira, entre a acústica trovadoresca, a pop e as eletrónicas discretas. Um disco marcado pelas colaborações de Márcia, Vanessa da Mata e os singles “Se Me Deixasses Ser”, “Partimos a Pedra” e “Diz Sim feat. Vanessa da Mata”. “A Procura” reflete ao longo das suas 11 canções esta busca incessante do artista pelos vários quadrantes musicais característicos do próprio e mais além ainda.

A 30 de Outubro de 2020, Tiago de Bettencourt lança o tão aguardado novo álbum de originais – “2019 Rumo ao Eclipse”, o sétimo da sua carreira.

Nas palavras do próprio: “‘2019 Rumo ao Eclipse’ é um álbum que fala de movimentos que se passaram em 2019. Porém, e embora eu aponte para um ano em específico e suas orbitas, estes enredos não estão presos a nenhuma data ou espaço temporal uma vez que são parte intrínseca daquilo que acompanha a vida de cada um de nós: a nossa humanidade. E seja quando for este caminho, ele oferece-nos os desafios com os quais temos de lidar munidos de armas e defesas, de forças e fraquezas. Este álbum fala de escolhas, de lutas, de magoa e indignação, de desapego, de alívio, de aceitação, de casa, e de liberdade. ‘2019 Rumo ao Eclipse’ é uma viagem de ida e volta, como todos os meus álbuns são. Todos os meus álbuns são labirintos, este é só mais um. Espero que escolham ouvi-lo com o tempo que qualquer viagem merece.” 

Este novo trabalho é composto por 12 temas, todos da autoria e produção do próprio, e tem a participação especial de Mariza na faixa “Nuvem”. O disco conta ainda com os coros de Mariana Norton e Cláudia Pascoal nos temas “Manhã”, “Fêmea” e “Fachada”, com Fred Ferreira na bateria em “Dança” e “Não Queiras Mais de Mim” e ainda com a voz de Ivo Canelas em “Intro Fachada”.

Em pleno lockdown nacional o artista inicia uma odisseia de apresentação do álbum aos fãs, com oito sessões exclusivas, todas elas esgotadas, num cenário intimista e apenas munido de uma guitarra, um gira-discos e uma planta. 

Em 2021 aguardando poder regressar aos palcos, o artista faz regressar o formato Tiago na Toca para uma segunda temporada.

A escrita de Tiago de Bettencourt, sempre honesta e transparente, parece apelar ao mais íntimo de nós, fazendo-nos parar e olhar para o mundo de outra forma.

Além de multi-instrumentista é também produtor tendo sido responsável pela produção de discos de Miúda, Katia Guerreiro, Raquel Tavares e Cláudia Pascoal (2020). A sua contribuição à música portuguesa é e sempre será pautada pelo bom gosto, discernimento, e um respeito infinito pela sua língua, mesmo sabendo que isso sempre limitou as suas hipóteses de internacionalização. Em dezembro de 2018 e 2019 enche o coliseu com um concerto surpreendente nomeado para globo de ouro.

Tiago Bettencourt não pertence e nenhum movimento, a nenhuma corrente ou estilo. O seu caminho é só, independente, variado e coerente, e assim se tem mantido na vanguarda da música cantada em português há quase 20 anos.

Actualmente é também a música que o traz a Paços de Ferreira, prova disso são os vários projetos que desenvolveu com a Banda Musical de Paços de Ferreira e as longas noites de tertúlia na “Tasquinha Valente” com o Grupo de Cavaquinhos de Paços de Ferreira, com quem partilhou a sua “Morena”, também aqui pela mão do tio Paulo.

A força das raízes familiares sempre nos trazem de volta a casa e, por isso, de certa forma, Paços de Ferreira representa essa “Casa” para Tiago de Bettencourt.”

José Paulo Teixeira Goulart de Bettencourt

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“José Paulo Teixeira Goulart Bettencourt nasceu na tarde do dia 30 de Junho de 1957, na freguesia de Santo Ildefonso, na cidade do Porto. Seu pai João Goulart de Bettencourt, natural de São Jorge, Açores, era licenciado em Direito e desempenhou funções de notário em São Roque do Pico, Castelo de Paiva e Paços de Ferreira. Sua mãe, Maria Dulce de Oliveira Teixeira – uma das mais antigas senhoras licenciadas em Direito pela Universidade de Coimbra – nasceu no estado da Bahia, no nordeste brasileiro, mas a família paterna é de Fão, da Casa do Largo, sendo bisneta de Manuel Joaquim Teixeira, coronel médico. Paulo Bettencourt é pai de dois filhos – o Pedro Miguel e a Joana Inês.

Licenciado em Arquitectura, no ano 1989, pela Escola Superior Artística do Porto, Paulo Bettencourt inicia, nesse mesmo ano, estágio profissional na Câmara Municipal de Resende onde, sob orientação do Arquitecto Rui Ramos Losa, Ex-Director de Serviços da CCDR-N, colaborou na elaboração do Plano de Urbanização das Caldas de Aregos.

Ainda em 1989, colaborou com a sociedade de arquitectos Ferreira de Almeida, Arquitectos, Lda na elaboração de vários projectos, donde se destaca a remodelação do Coliseu do Porto (1.ª fase).

Em 1990, juntamente com o Arquitecto Alcides Moreira, cria o seu próprio gabinete de arquitectura.

Ingressou no quadro de pessoal da Câmara Municipal de Paços de Ferreira em 14 Janeiro de 1991, tendo percorrido todas as categorias da carreira de Técnico Superior. Profissional competente, cedo viu nele depositada confiança dos Executivos Municipais, tendo sido nomeado Chefe da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística em 12 de junho de 1997, cargo que lhe foi sucessivamente renovado, por períodos de três anos. Ao serviço da autarquia, projectou e/ou coordenou inúmeros edifícios e espaços públicos, entre outros: o atual edifício dos Paços do Concelho; a remodelação e requalificação dos antigos Paços do Concelho, hoje Museu Municipal do Móvel; os edifícios-sede das Freguesias de Meixomil e de Sanfins de Ferreira; o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Freamunde; a escola primária de Arreigada e a da sede em Paços de Ferreira; os centros escolares das freguesias de Arreigada, Carvalhosa, Eiriz, Ferreira, Figueiró, Frazão, Lamoso, Meixomil, Paços de Ferreira, Penamaior, Raimonda, Sanfins de Ferreira e Seroa; os edifícios de habitação social em Arreigada, Carvalhosa, Modelos e Penamaior; o empreendimento habitacional, com 32 fogos, em Talhô – Freamunde, que valeu à Cooperativa Habipaços, CRL o prémio INH/IHRU 2007 de promoção cooperativa no âmbito da habitação a custos controlados; o complexo das Piscinas Municipais de Paços de Ferreira; o polidesportivo de Modelos; as casas mortuárias de Figueiró, Frazão e Paços de Ferreira; a regeneração urbana da cidade de Paços de Ferreira e do centro urbano de Freamunde; os parques urbanos da cidade de Paços de Ferreira e da freguesia da Raimonda; o projevto urbanístico do Largo da Igreja, em Carvalhosa; o projevto da Ciclovia de Paços de Ferreira a Freamunde.

Homem, simples e humilde, de uma grandeza de caráter excepcional, que cultivava uma grande afectividade com as pessoas, sempre atento à envolvente, nomeadamente ao desenvolvimento do território, ao ambiente, ao associativismo e à cultura, teve ainda participação activa em inúmeros projectos de interesse para a comunidade em que se inseria, a saber: coordenou, conjuntamente com o Senhor Engenheiro Barbieri Cardoso, Director de Departamento da Câmara Municipal de Felgueiras, o Projeto das Comunidades Europeias «LEADER», de desenvolvimento Rural das Terras do Sousa; retomou o cultivo da sua propriedade – a Quinta de Bom Jesus, localizada na freguesia de Frazão – segundo as práticas ancestrais, amigas do ambiente, com pomar e hortícolas de produção biológica e ao ar livre; aderiu ao programa PROVE, desenvolvido no âmbito da cooperação interterritorial do Sub-programa 3 do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente e que visa contribuir para o escoamento de produtos locais, fomentar as relações de proximidade entre quem produz e quem consome, estabelecendo circuitos curtos de comercialização entre pequenos produtores agrícolas e consumidores, com recurso às TIC; apoiou tecnicamente a Associação Para a Promoção das Classes Sociais Menos Favorecidas – Paços 2000 (APCS Paços 2000), constituída em 1992, entidade de foi sócio fundador e que desenvolveu um grande projecto de luta contra a pobreza na área deste concelho; foi associado e à data do seu falecimento, a 29 de Maio de 2020, presidia a Direcção da Patrium – Associação de Defesa do Património Material e Imaterial de Paços de Ferreira; integrou a Associação Musical e Cultural Grupo de Cavaquinhos de Paços de Ferreira, participando, de forma activa e regular, em inúmeras tertúlias musicais e culturais.

Pelo contributo dado à comunidade pacense, nomeadamente no domínio do urbanismo e da cultura, pelas suas qualidades humanas e profissionais, que lhe mereceram o respeito, a amizade e o carinho de todos com quem se relacionou, nomeadamente dos seus subordinados, seus pares e seus superiores hierárquicos, que o têm como colega de excepção, e por todos é recordado, o Arquitecto Paulo de Bettencourt é merecedor do nosso reconhecimento público, ainda que a título póstumo.”

Maria Liseta Amaral Figueiredo

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“Maria Liseta Amaral Figueiredo nasceu na freguesia de Riodades, concelho de S. João da Pesqueira. Costuma dizer que já nasceu pintora, pois, ainda muito jovem, sentia que a cor e o desenho já “pulavam” dentro de si, à espera de um dia poderem vir a mostrar-se. O pouco dinheiro que, de quando em vez, sua mãe lhe dava, para poder satisfazer eventuais instintos gulosos, era sempre desviado para a compra de lápis de cor, na procura de poder encontrar respostas aos impulsos artísticos que, de forma permanente e interrogativa a acompanhavam.

Liseta foi crescendo com alguns problemas de saúde, que a obrigaram a deixar o ensino oficial e a ingressar no Colégio da Imaculado Conceição, em Lamego. Cedo aí se aperceberam de que a menina tinha uma natural vocação artística, pela forma entusiástica como se expressava através do desenho e da cor. Neste sentido, foi-lhe sugerido receber aulas de pintura e desenho, diariamente, com uma professora que lecionava essas áreas de arte. Foram cerca de 5 anos de intensa atividade e aprendizagem constante. Pintava todos os dias, por vezes, durante 8 a 10 horas.

A sua formação estendia-se e plasmava-se, por todas as áreas do figurativo, com especial realce pela figura humana da mulher. Pintou para igrejas, benfeitores da instituição, para particulares e para si.

Mais tarde, leccionou no primeiro infantário da cidade de Lamego, por alguns anos.

Em 1965, mudou-se para Paços de Ferreira, acompanhada pelo seu marido, por ambos terem sido colocados na Estação de Lacticínios, onde desempenhou, durante vários anos, a actividade de Técnica de Laboratório no Departamento de Química e Microbiologia. Durante o período em causa continuou a pintar para si e para a família.

Em 1984, a convite da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, realizou a sua primeira mostra pública. A exposição foi visitada por mais de mil pessoas do concelho e de cidades vizinhas, marcando o início de uma brilhante carreira como pintora aguarelista.

Referindo-se à Pintora, a Revista Lux, na sua edição de Outubro de 2020, diz que “Liseta Amaral pinta em aguarela momentos de eterno feminino. Retrata mulheres no trabalho do campo, no trabalho da casa, momentos de transição entre esta roda-viva, com uma delicadeza quase impossível. São mulheres de atitude perene, que não desarmam em beleza nem em sensibilidade.”

Liseta Amaral realizou inúmeras exposições individuais e colectivas, algumas das quais em Paris, Barcelona e Macau, e tem obras suas em vários museus, nacionais e estrangeiros, e em entidades públicas e privadas, levando também consigo, orgulhosamente, o nome de Paços de Ferreira, terra onde reside e que é, assumidamente, também, Terra sua, motivo pelo qual é merecedora do nosso reconhecimento público”.

Rodrigo Pedrosa Francisco, fundador e director Executivo da DIVERCOL – Indústrias Químicas, Lda

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“Rodrigo Pedrosa Francisco, empresário, nascido a 13 de Abril de 1940, na freguesia de Vieira de Leiria, concelho de Marinha Grande.

Após o término do ensino básico, iniciou, aos 11 anos, a sua actividade profissional como agente de uma torrefação de cafés em Leiria. Aos 13 anos começou a trabalhar numa salsicharia, negócio da sua avó, e foi também nesse mesmo período agente da Companhia de Seguros Açoreana.

Com 17 anos viu falecer o seu pai, depois de 20 anos de doença pulmonar (tuberculose), com apenas 37 anos.

Em 1959, emigrou para Angola e todos os negócios de família encerraram. Neste mesmo ano matriculou-se na Escola Comercial Vicente Ferreira, no Bairro do Café, em Luanda, onde frequentou o Curso Geral de Comércio (vulgo curso comercial). Nesse mesmo ano, empregou-se na Sociedade de Equipamentos Desportivos Ofir, Lda.

Em 1963, foi convidado pelo empresário António Monteiro para trabalhar na Aliança Comercial, Lda., empresa da área dos instrumentos musicais, sistemas de gravação, som, rádios, motorizadas e seguros, onde teve a oportunidade de contribuir para o grande sucesso e crescimento daquela empresa.

Retornado de Angola em 1975, pouco antes da independência, dividiu residência entre Lisboa e Vieira de Leiria. Nesse mesmo ano, deslocou-se para o concelho de Paços de Ferreira, onde iniciou a sua atividade de produção de colas para madeira, fundando a empresa Frecol – Colas de Freamunde, sediada em Freamunde (1975-1983), que não teve o sucesso esperado, pois as resinas compradas a uma multinacional não eram a matéria-prima indicada para este tipo de produto.

Mais tarde, em 1982, com ajuda de um familiar conhecedor do processo químico, comprou as instalações de uma fábrica de móveis, em Ferreiró, freguesia de Ferreira, para produção de diluentes e venda de aguarrás pura, atividade que continuaria a desenvolver a partir de 1983 já em nome da DIVERCOL – Indústrias Químicas, Lda.Nestas instalações laboraram até 4 de julho de 1996, data que, deflagrou o incêndio destruindo totalmente as instalações.

Na década de 90, a DIVERCOL fez investimentos importantes em investigação e desenvolvimento de novos produtos e na construção de uma nova fábrica. Em 1999 inaugurou as novas instalações na Zona Industrial de Lordelo. No início do novo milénio afirmou-se com a entrada em novos segmentos de mercado e desenvolvimento de novos canais de distribuição. Em 2008 a DIVERCOL adquiriu a marca “Vedeta”, presente no canal de distribuição tradicional e com Know-How em alguns nichos de mercado especiais, como os da indústria de pneus, da cerâmica, do vidro e das velas decorativas, e com presença em mais de 250 pontos de venda por todo o País.

Atento às mudanças num ambiente competitivo e às oportunidades existente no mercado, a DIVERCOL, pela mão de Rodrigo Pedrosa, desenha e implementa uma estratégia de marketing para comercialização de uma ampla e diversificada gama de produtos por si produzidos, utilizando cadeias de distribuição modernas e muitas dezenas de revendedores tradicionais, cobrindo as necessidades de muitos mercados, nomeadamente do mobiliário, da construção civil, da metalomecânica e do “do-it-youself”.

Hoje, na sua moderna e bem equipada fábrica, sob as marcas Tintinhas, Diverglasse,Portimpact e Portpallet, são produzidos inúmeros produtos de drogaria (vernizes, fundos, velaturas, diluentes, lacas, esmaltes, patines), tecido de fibra de vidro (utilizado no revestimento de paredes interiores de habitações, hotéis, hospitais, etc,), artigos de metalomecânica (escadas, escadotes e estendais, etc) e paletes metálicas em aço e/ou alumínio.

Enquanto Diretor Executivo da DIVERCOL – Indústrias Químicas, Lda, Rodrigo Pedrosa Francisco foi eleito Presidente da Associação Industrial de Paços de Ferreira, no mandato de 1991 a 1994. Conhecendo perfeitamente a evolução industrial e consciente de que as indústrias careciam, por imposição legal e ambiental, de uma localização pensada para o efeito (vulgo zona industrial ou de acolhimento industrial) e que já conhecia de Luanda e conhecedor das dificuldades de implantação das mesmas, tentou, como Presidente da Associação, junto do poder político (na altura era ministro da indústria o Dr. Mira Amaral)promover a criação destas. Porém, não foi bem-sucedido. Mais sucesso teve ao promover, conjuntamente com os restantes membros da direção, a criação do parque de exposições para a realização dos certames, espaço esse que viu inaugurado em 1994 pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Durão Barroso.

Durante o seu mandato e por inerência do cargo pertenceu ao CEN – Conselho Empresarial do Norte.

Ainda enquanto Director Executivo da DIVERCOL, foi membro da Direção da Associação Portuguesa de Tintas (APT) durante 13 anos, desde 2001 a 2014.

No dia 24 de Agosto de 2015, o Senhor Rodrigo Pedrosa Francisco foi agraciado pelo então Presidente da República Portuguesa, Senhor Professor-Doutor Aníbal Cavaco Silva, com a Comenda da Ordem de Mérito Empresarial – Classe do Mérito industrial, em reconhecimento dos serviços relevantes prestados, como empresário, e que contribuíram para o fomento ou valorização do comércio.

No período de 2001 a 2009 foi membro da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira, eleito nas listas do Partido Socialista como independente, tendo-se apresentado como candidato àpresidência da mesa desta Assembleia.

Homem simples, afável e altruísta, que muito tem colaborado na concretização de iniciativas e/ou projetos de autarquias e associações deste concelho, empresário de sucesso, dirigente e autarca respeitado na e pela comunidade pacense, que muito tem contribuído para o desenvolvimento de Paços de Ferreira, Rodrigo Pedrosa Francisco e a sua DIVERCOL – Indústrias Químicas, Lda são merecedores do nosso reconhecimento público”.

Manuel José Monteiro, fundador e director executivo da M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“A M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda conta com mais de 30 anos de existência e possui instalações na Avenida dos Templários, no centro de Paços de Ferreira. Presta de serviços de contabilidade e consultadoria e, complementarmente, exerce a atividade de mediador de seguros, colaborando com as principais companhias seguradoras líderes de mercado.

Manuel José Pereira Monteiro, sócio-gerente da empresa, iniciou a atividade no ano de 1976, como entidade em nome individual e em regime parcial, na medida em que, nessa altura, era gestor financeiro, comercial e de recursos humanos da empresa Vieira de Andrade Madeiras, Lda, localizada na freguesia de Lordelo, do vizinho concelho de Paredes, onde assumia, também, a responsabilidade pela contabilidade. Em 1988 a firma adota a configuração de sociedade comercial por quotas, forma que se mantém até aos dias de hoje. Nesta altura Manuel Monteiro contava apenas com a colaboração de uma funcionária – que ainda hoje se mantém nos quadros da empresa – e, pouco tempo depois, atento às novas tecnologias e à inovação, adquiriu o primeiro computador da empresa (nessa altura os bancos ainda não tinham computadores) e esta passou a laborar em dois turnos (diurno e noturno), de forma a rentabilizar a máquina.

Como crescimento do número de clientes, Manuel Monteiro assume a gerência da empresa a tempo inteiro e, em 1991, dada a exiguidade do espaço das salas da sua residência, face à proporção que a empresa começava a tomar e às correspondentes necessidades logísticas, a M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda. sediou-se nas instalações alugadas no n.º 53, de polícia, da Rua D. João I, no centro da cidade de Paços de Ferreira, obtendo maior visibilidade.

Foi nestas instalações que a empresa conheceu o seu maior crescimento, a nível de clientes, a nível de funcionários e, consequentemente, em volume de trabalho. Para tal, contribuíram a reforma fiscal, o avanço tecnológico e a adoção de uma nova estrutura organizacional e novos métodos de trabalho, que ainda hoje mantêm. De facto, a empresa passou de dois para dez trabalhadores, a operarem em grupos de pelo menos três pessoas, com um determinado número de clientes atribuído. Assim, sempre que ocorra a ausência de um funcionário, o cliente nunca deixa de se sentir apoiado, pois há sempre uma segunda pessoa a par dos seus assuntos.

No ano de 2003, a empresa contabilizava já cerca de 250 clientes e deparou-se novamente com a insuficiência de espaço para novos funcionários e para arquivo, pelo que era altura de adquirir as suas próprias instalações. A M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda adquiriu as antigas instalações da Auto Reno, na Avenida dos Templários, também no centro da cidade de Paços de Ferreira, onde se encontra, desde o dia 1 de Abril de 2004, que, remodeladas na sua totalidade, deram origem ao maior e mais moderno escritório de contabilidade da zona do Vale do Sousa, com capacidade para albergar 30 postos de trabalho.

Com um espaço à altura da qualidade e dimensão da empresa, esta continuou a crescer a nível de clientes e de funcionários. A M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda conta, atualmente, com 23 funcionários, com formação académica ao nível do 12.º ano de escolaridade ou superior, a quem é proporcionada formação contínua nas mais diversas áreas. A empresa proporciona ainda inúmeros estágios a alunos das diversas escolas profissionais da região do Vale do Sousa e estabeleceu recentemente protocolos para estágios curriculares com algumas universidades.

Líder de mercado na região de Paços de Ferreira na área e segmento em que actua, a M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda apresentou em 2021 um volume de negócios de € 760 736.21.e tem como segmento alvo as maiores empresas que se posicionam na liderança na região de Paços de Ferreira. Competitiva perante um mercado que se regenera de uma forma rápida e com eficácia. aposta na qualidade dos seus recursos humanos e na aquisição de tecnologias que permitam uma gestão eficaz do gabinete, a redução ou eliminação da possibilidade de ocorrência de erros e a disponibilização aos seus clientes, em tempo útil, de dados e análises que os auxiliem na gestão diária das respetivas empresas

O seu Diretor Executivo e fundador, Manuel José Pereira Monteiro, nasceu a 15 de Maio de 1952, em Freamunde, deste concelho, e reside na cidade Paços de Ferreira. Obteve formação académica, de nível V, no Liceu de Guimarães e é contabilista certificado pela Ordem dos Contabilistas Certificados.

Com experiência profissional nas áreas da gestão financeira, comercial e de recursos humanos e contabilidade,Manuel José Pereira Monteiro trabalhou ainda: de 02.05.1974 a 31.12.1979, na Vieira de Andrade Madeiras, Lda, empresa localizada em Lordelo – Paredes e que se dedica ao comércio de madeiras; de 21.08.2017 a 30.11.2019, na Âncora Vip Industry, Lda, empresa localizada em Freamunde – Paços de Ferreira e que se dedica ao fabrico e comercialização de mobiliário.

É sócio fundador da Associação Industrial de Paços de Ferreira em 1988 (hoje denominada Associação Empresarial de Paços de Ferreira) e, desde então, assumiu a responsabilidade pela contabilidade da mesma.

Foi director do Sport Club de Freamunde;

É sócio e membro honorário da Irmandade da Santa da Misericórdia de Paços de Ferreira e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Freamunde, entidades em cuja gestão ajuda activamente.

Recebeu recentemente a distinção atribuída pela Ordem dos Contabilistas Certificados pelos 25 anos de inscrição como membro;

Homem afável e altruísta, empresário de sucesso, contabilista competente, muito tem colaborado com empresas e instituições deste concelho, prestando-lhes assessoria e serviços nos domínios gestão administrativa, financeira e contabilística, Manuel José Pereira Monteiro e a sua empresa M. Monteiro – Serviços de Contabilidade, Lda muito têm contribuído para o desenvolvimento de Paços de Ferreira, pelo que são merecedores do nosso reconhecimento público”.

Nelson Taipa Lopes

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Nelson Taipa Lopes nasceu no lugar de Leigal, na freguesia de Freamunde, deste concelho, em 1938. Aluno distinto nos seus anos de escola, começou a trabalhar muito cedo na mercearia dos pais. O espírito curioso, a sede de conhecimento e o amor pelas artes performativas vêm-lhe desses tempos e perdurarão no homem jovial, generoso e solidário em que se torna.

Autodidata, leitor compulsivo, cidadão livre e interventivo, Nelson Lopes foi um filho dileto da sua terra, dando expressão ao que ele sempre chamou de Freamundismo.

Apaixonado associativista, viu o seu nome ligado a múltiplas realizações, sejam elas culturais, lúdicas, desportivas, políticas ou de solidariedade. Foi fundador do Grupo Teatral Freamundense (1963), do Clube de Pesca (1976), da Confraria do Capão e do Grupo dos Lions de Paços de Ferreira; Diretor do Sport Clube de Freamunde, da Associação de Socorros Mútuos Freamundense (durante 30 anos) e da Associação do Norte de Pesca Desportiva (Assembleia Geral); Diretor dos Bombeiros Voluntários, da Assembleia Freamundense e do Clube Recreativo. Foi ainda Segundo-secretário da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira pelo Partido Social Democrata e mandatário da cultura na campanha eleitoral do partido para as Eleições Municipais de outubro de 2021.

Nelson Lopes marcou um tempo e um lugar com a sua capacidade de mobilização. Homem de uma exemplar fraternidade, conhecem-se-lhe dois amores maiores: a esposa Esmeraldina, o seu mais belo e suave baluarte, e o Teatro Amador, ao qual se dedicou durante mais de 60 anos. Representar estava-lhe no sangue, foi uma vocação, uma condição de vida. Ator e encenador, 1º Prémio Nacional de Interpretação Teatral (1965), deixa um legado inestimável ao Teatro por “amor”, trazendo para o palco inúmeros jovens talentos.

Era também um homem das palavras, tendo participado em várias coletâneas de escritores do concelho e editado um livro de poemas e discursos em prosa rimada, “Tenho dito – Discursos Rimados”, cujo lançamento, adiado por constrangimentos devidos à pandemia, se realizou apenas após o seu falecimento.

Homem de uma liberdade única, incondicional fazedor de amigos, foi um pai e um avô dedicado, orgulhoso das suas filhas Ilda, Clara e Carla, e dos seus netos – João, Miguel e Margarida, os seus filhos com açúcar, como costumava dizer.

Nelson Lopes deixou-nos no dia no dia 31 de Agosto de 2021, mas foi, sobretudo um artista dos afetos: um homem que sempre pôs o melhor de si ao serviço da felicidade dos outros – e arte mais nobre não há! – pelo que é merecedor do nosso reconhecimento público, ainda que a título póstumo”.

José Maria Taipa Pinto Nogueira

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“José Maria Taipa Pinto Nogueira, nasceu em 19 de março de 1953, em Freamunde. Estudou na Escola Industrial e Comercial de Guimarães, tendo frequentado o Instituto Superior de Engenharia do Porto sem concluir o ciclo de estudos.

Iniciou a carreira profissional como professor na Escola Secundária de Paços de Ferreira, posteriormente nos escritórios da empresa FRAMA em Freamunde, antes de iniciar a carreira como bancário. Inicialmente no Banco Espírito Santo em Lordelo, posteriormente na equipa que abriu a agência do Crédito Predial Português (atual Santander Totta) em Freamunde, tendo culminado a carreira como Gerente deste mesmo balcão na sua terra natal.

Fora do âmbito profissional destacou-se por uma vida dedicada à causa pública, sempre ligada a Freamunde, quer no associativismo quer como autarca, destacando-se as seguintes: 

–    Membro da Direvção da Associação Musical de Freamunde por 33 anos, dos quais 23 como seu Presidente;

–    Vice-presidente da Federação de Bandas do distrito do Porto, em representação da Associação Musical de Freamunde;

–    Membro dos Órgãos Sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Freamunde;

–    Membro de Direcções e Comissões Administrativas do Sport Clube de Freamunde, por 9 épocas;

–    Presidente da Comissão de Festas Sebastianas, em 1988;

–    Membro da Comissão de Festas da Nossa Sr.ª da Conceição;

–    Tesoureiro da Irmandade da Santa da Misericórdia de Freamunde;

–    Sócio de múltiplas coletividades Freamundenses (Sport Clube de Freamunde, Associação Musical de Freamunde, Bombeiros Voluntários de Freamunde, Clube Recreativo Freamundense, Vespas de Freamunde, Clube ornitológico, Clube de Pesca e Caça de Freamunde, Escola Infantil de Música de Freamunde e Núcleo Sportinguista de Freamunde).

Na sua participação e vivência como autarca, foi membro da autarquia local por 20 anos, incluindo dois mandatos como Presidente da Junta de Freguesia de Freamunde (2005 – 2013). Foi ainda membro do Conselho Local de Ação Social, em representação de todos os presidentes de junta concelhios.

José Maria Taipa, deixou-nos a 3 de Março de 2016, mas dedicou grande parte da sua vida a Freamunde, sempre acima de outros interesses que não o melhor para a sua terra. Ficará na memória o seu papel indelével como autarca local por cerca de 20 anos, assim como na Associação Musical de Freamunde em que dedicou quase 35 anos da sua vida e que muito gostaria de estar presente para celebrar os seus 200 anos de existência.

Pelas suas qualidades humanas e profissionais e pelo contributo dado à causa pública e ao associativismo, de que resultaram significativos benefícios para o concelho de Paços de Ferreira, é justo merecedor do nosso reconhecimento público, ainda que a título póstumo”.