Além de facilitar o acesso à A41 das mais de 200 empresas instaladas na Zona Industrial de Rebordosa, o troço de ligação ao nó de Gandra, inaugurado, está terça-feira, pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, vai permitir a instalação de novas unidades industriais e a criação de postos de trabalho, acredita o presidente da Câmara de Paredes.

O investimento, superior a 600 mil euros e a expensas da autarquia, era ambicionado há muito pelos empresários e foi dado pelo Governante como exemplo do que deve fazer o país, assegurando essas “pequenas ligações”, muitas vezes de pequenos montantes, que foram ficando por concretizar.

“Com estes recursos europeus, há a possibilidade de multiplicar obras e exemplos como este que, em boa hora, a Câmara Municipal de Paredes foi capaz de concretizar. Seremos capazes, também, de ajudar o nosso país a mais rapidamente ultrapassar a situação difícil em que nos encontramos”, defendeu o ministro.

“Já há projectos na Câmara de Paredes que estão a ser analisados para serem instaladas ao longo deste troço novas indústrias”

Este troço de ligação da Zona Industrial de Rebordosa ao nó da A41, em Gandra, veio para facilitar a vida às empresas, sobretudo nesta fase difícil.

“Tínhamos aqui a A41 desde 2011, mas não tínhamos o nó ligado. Sabemos que, nesta altura, tudo aquilo em que possamos ser agentes facilitadores para as empresas, que estão a atravessar uma fase complicadíssima, temos a obrigação de o fazer”, disse Alexandre Almeida.

Segundo o presidente do município, além do mais fácil acesso à zona industrial, a obra de 1,2 quilómetros vai permitir o surgimento de novas indústrias, com o aumento da capacidade da zona industrial, 150 metros para cada lado de toda a extensão da via, potenciando a criação de postos de trabalho. “Já há projectos na Câmara de Paredes que estão a ser analisados para serem instaladas ao longo deste troço novas indústrias”, afirmou o autarca.

Directamente, a obra beneficia mais de 200 empresas instaladas na zona industrial e, indirectamente, muitas mais, referiu.

Numa cerimónia que classificou de simples, mas importante, o ministro da Economia salientou que os benefícios da obra se prendem “com a melhor acessibilidade aos mercados, mais facilidade de conseguir exportar e escoar a sua produção, mas sobretudo a capacidade de acolher mais investimento e mais actividade industrial”.

“Aquilo que hoje inauguramos é uma ligação que permite o acesso mais fácil e rápido de um concelho industrial, fortemente empreendedor, a uma infra-estrutura que permite a acessibilidade aos mercados. Este é um problema que o país precisa de resolver rapidamente. Construímos, nas últimas décadas, uma rede de infra-estruturas muito significativa e moderna que está ao serviço dos cidadãos e empresas, mas, em muitos casos, precisamos de assegurar esta ligação final desta rede de infra-estruturas nas nossas zonas empresariais para resolver este problema que acaba por criar um custo de contexto para estas empresas”, concordou Pedro Siza Vieira.

“Esta iniciativa da câmara é um exemplo do esforço que o país tem de fazer”, acrescentou o governante, adiantando que isto será possível com os novos fundos negociados com a União Europeia, que vão permitir concretizar “projectos que há décadas ansiávamos”.

“Temos agora uma oportunidade importante de poder concretizar um conjunto de ligações, pequenas em extensão e, muitas vezes, em montante, que são extremamente importantes para melhorar a competitividade e produtividade das empresas”, concluiu.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital participou ainda num encontro com empresários no auditório da A Celer – Cooperativa de Electrificação de Rebordosa.