A reciclagem de embalagens de plástico e metálicas, de papel/cartão e vidro diminuiu em Valongo. Os dados constam do último relatório de análise estatística da Lipor – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto com os dados de 2015.

No total, os oito municípios que integram a Lipor aumentaram o volume de resíduos encaminhados para a reciclagem. Valongo é o terceiro concelho com o mais baixo volume de reciclagem por habitante.

7,32% dos materiais encaminhados para a reciclagem

Em 2015, o Sistema de Gestão de Resíduos da Lipor encaminhou para reciclagem 45.353,12 toneladas de resíduos, 9,51% de todos os recolhidos pelo serviço intermunicipal. No total, a quantidade de resíduos urbanos recepcionados pela Lipor chegou às 476.836,25 toneladas.

Na reciclagem multimaterial, foram recolhidas 18.637,44 toneladas de vidro, 14.976,68 toneladas de papel/cartão e 8.915,57 toneladas de embalagens plásticas e metálicas.  Só este último resíduo teve uma variação negativa em relação a 2014. Foram ainda encaminhadas para a reciclagem centenas de toneladas de madeiras, plásticos, sucatas e resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, entre outros.

Números da reciclagem em Valongo, 2015

Entre os oito municípios que integram a Lipor, a Maia foi o que teve melhor desempenho na reciclagem, com uma percentagem de 17,93% de materiais encaminhados. O Porto surge no segundo lugar, com 9,59%, e no terceiro fica a Póvoa do Varzim, com 9,28%. Valongo fica-se pelos 7,32%. Com resultados mais baixos só Espinho e Gondomar, com 5,37% e 6,58% de materiais encaminhados para a reciclagem, respectivamente.

Valongo foi o único concelho a diminuir a reciclagem dos três principais materiais

Em Valongo, no ano passado, foram encaminhadas para reciclagem 1.212,88 toneladas de vidro, 919,36 toneladas de papel/cartão e 509,90 toneladas de embalagens plásticas e metálicas. Estes números significam uma diminuição em relação ao ano de 2014, na ordem dos 3% por cada material.

Valongo foi o único concelho dos que integram a Lipor a assistir a uma redução de reciclagem nestes três principais fluxos ao mesmo tempo. A diminuição rondou as 27 toneladas no papel e nas embalagens e as 41 toneladas no vidro. No papel/cartão, o município foi mesmo o único destes oito a sofrer uma redução. Esta quebra surge depois de o concelho ter sido um dos que mais aumentou a reciclagem deste material entre 2013 e 2014.

Um dos concelhos com menor reciclagem por habitante

Reciclagem por habitante em 2015

O concelho de Valongo mantém-se entre os três em que a reciclagem por habitante é menor. Ou seja, quando olhamos à capitação, ao número de quilos que cada habitante recicla, só em Espinho e Gondomar esse valor é mais baixo.

Em 2015, cada valonguense encaminhou cerca de 27,79 quilos de material para a reciclagem. Esse valor era de 27,62 quilos em Espinho e 25,51 quilos em Gondomar. A média dos oito municípios é de 43,93 quilos por habitante.

Na capitação dos três principais fluxos (embalagens plásticas e metálicas, cartão/papel e vidro) destacam-se novamente a Maia (67,88 quilos por habitante), o Porto (56,73) e a Póvoa do Varzim (49,05). Mais uma vez a Lipor salienta a influência da “população flutuante” nestes resultados. “No caso do Porto existe uma forte influência pelo fluxo de pessoas que diariamente se deslocam para trabalhar, assim como na Maia e em Matosinhos, embora em menor escala”, refere o relatório.

Cada valonguense produziu 323 quilos de resíduos indiferenciados

O relatório da Lipor discrimina o volume de resíduos indiferenciados recolhidos em cada município.

No total, foram encaminhadas para este sistema de tratamento mais de 382.969 toneladas de resíduos indiferenciados, uma diminuição em relação a 2014. Valongo ficou-se pelas 30.701 toneladas, um valor um pouco mais elevado que o do ano anterior, mas o terceiro mais baixo destes oito concelhos.

Quando as contas são feitas pelo número de quilos por habitante, só os habitantes da Maia produzem menos quantidade de resíduos. Em Valongo, cada munícipe produziu, em média, 323 quilos de resíduos indiferenciados em 2015. O número fica abaixo da média dos oito concelhos que é de cerca de 398 quilos.