OPACIDADE I – O presidente da CMV é já conhecido, em Valongo, pelo Zé das Festas, título que meritoriamente tem conquistado! No entanto, a transparência, tantas vezes apregoada, tem sido ausência notada neste tipo de eventos. Exemplo disso é o relatório da Expoval 2015. Embora o evento seja uma coorganização, é do senso-comum que toda a gestão do mesmo é efetuada pelos serviços da autarquia, e muito bem! Apesar de tudo, a falta de transparência é uma realidade, sobretudo por malabarismo e marketing politico, senão vejamos: o presidente da CMV diz que o evento só custou à autarquia 23,4 mil euros (8,5% da receita) e que a grande parte do evento foi suportado por patrocinadores que doaram 217mil euros (82% da receita). A Opacidade municipal não permitiu que o presidente da CMV dissesse que a quase totalidade dos patrocinadores são prestadores de serviços ao município, ou seja, que há uma ligação direta entre os financiadores do evento e aqueles que ganham obras/prestações de serviços no município (basta consultar relatório da Expoval 2015 e o portal dos contratos públicos em www.base.gov.pt).
OPACIDADE II – por falar em ajustes diretos, o gabinete da presidência da Câmara Municipal de Valongo expôs, de forma propositada e suportada num medíocre parecer jurídico, o relatório de uma auditora interna com o objetivo de fazer crer a existência de irregularidades em certos contratos do mandato anterior. Também nesta questão a opacidade municipal é relevante e a desfaçatez com que o atual presidente pretende atirar areia para os olhos dos munícipes é condenável. Basta, uma vez mais, consultar ao portal www.base.gov.pt e facilmente verificamos o número de ajustes diretos que o atual presidente já efetuou neste mandato, muitos deles repetidos à mesma entidade, e na sua maioria sem passar pelo crivo da Câmara Municipal. Exemplo máximo continua a ser o ajuste direto a Ricardo Bexiga, ilustre correligionário do atual presidente. Apesar da Câmara ter chumbado, por 2 vezes, este ajuste direto e ter solicitado ao presidente para que abrisse um concurso público, por 3 anos, para a contratação deste tipo de serviços, este fez-se de desentendido e numa atitude prepotente e ferida de legalidade contratou o seu amigo.
OPACIDADE III – Recentemente a Unidade de Saúde Familiar de Valongo, a melhor do país, recebeu a visita do Sr. Ministro da Saúde. A recebê-lo estava o Sr. Presidente da Câmara e os Senhores Vereadores do PS os Presidentes de Junta de Valongo e de Campo e Sobrado. De registar com agrado a reivindicação da construção dos Centros de Saúde de Campo e de Alfena e de lamentar a opacidade do protocolo municipal que para além de eliminar os Vereadores da Oposição esqueceu-se de avisar o tão reivindicativo presidente da Junta de Alfena, Arnaldo Soares. Esquecimentos por demais transparentes!
PS.: informo que o gabinete do Dr. Ricardo Bexiga, contratado por ajuste direto pelo atual presidente, não foi patrocinador da Expoval!
