“25 de Abril, Sempre!” é o nome da produção do Teatro ABC, a Companhia Nacional de Teatro Português, que vai percorrer todo o país e que tem como propósito assinalar o 50º aniversário da Revolução dos Cravos, ocorrida em 25 de abril de 1974. O elenco vai fazer uma paragem em Valongo.

Esta peça tem uma componente histórica, pedagógica, contemporânea e interativa. Foi escrita por Nuno Miguel Henriques,  filho de um militar da abril e que tem a idade da revolução dos cravos. O autor é também professor no ensino secundário público, sendo um criador cultural e estará presente nos espetáculos para fazer um “prólogo sobre a história da revolução dos cravos”.

De realçar que, ’25 de abril, Sempre’ tem sido “um sucesso junto da critica e do público, ao exaltar o rigor do texto e da representação, explica o Teatro ABC, em comunicado.

A peça destina-se a todos os públicos, mas tem ainda uma versão pedagógica e didática, dirigida a alunos de do 6º ao 12º anos, assim como a cursos profissionais.

O elenco permite à plateia fazer uma viagem por acontecimentos e pessoas que marcaram uma geração como “os movimentos anti-regime, António de Oliveira Salazar, Humberto Delgado, o Ultramar, a Guerra Colonial, as Revoltas dos Estudantes, Marcelo Caetano, a Criação da Televisão, as Tentativas de Golpes de Estado, A Censura, a Polícia Política, A Noite das Noites, A Poesia de Abril, o 24 e o 25 de Abril, o 11 de Março, o 25 de Novembro, as Contra-Revoluções, os Capitães de Abril, O MFA”, assim como “os Partidos Políticos, A Crise, os Governos Provisórios e de Iniciativa Presidencial, as Eleições, Os nomes como o Capitão Salgueiro Maia, Otelo Saraiva de Carvalho, Mário Soares, Vasco Gonçalves, Pinto Balsemão, Álvaro Cunhal, Vasco Lourenço, Melo Antunes, Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Costa Gomes”, entre outros.

Distanciado cinco décadas da atualidade e devido à celeridade dos acontecimentos recentes da globalização, o 25 de Abril, ou a Revolução dos Cravos, passou a ser “uma temática menos apaixonante e por vezes até incompreendida”. por isso, pretende-se “de uma forma simples” transformar este período da história como “algo compreensível aos estudantes e ao público”, sublinha a companhia.

Os protagonistas desta produção incluem nomes como Rafael Silva, João Bizarro e Henrique Caetano, com a voz off do autor e a produção a cargo de Daniel Neves, Francisco Maia, Maria Silva e Ricardo Manuel. Já a conceção sonora e visual surge pela mão de Vasco Sousa. A direção técnica é de André Moita.

Para além de Valongo, a peça será apresentada em Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Valença, Abrantes, Almada, Covilhã, Alcácer do Sal, Loures, Santiago do Cacém, Albufeira, entre outros concelhos do continente, regiões autónomas, tendo também previstas representações em Espanha.

De salientar que, ao longo de mais de trinta anos, a equipa do Teatro ABC produziu e trabalhou em eventos e espetáculos nas maiores salas portuguesas, do continente às ilhas, mas também em espaços pequenos e alternativos, como bibliotecas, museus, monumentos e instituições de ensino, entre outros.

As datas de realização dos espetáculos ainda não foram anunciadas, mas podem ser obtidas mais informações através da página da companhia no endereço www.teatroabc.pt.