Para ajudar a resolver os problemas causados pelas várias matilhas existentes no concelho, o Centro Veterinário Municipal de Valongo tornou público que “quem adoptar um animal de uma matilha, seja adulto ou filhote, terá direito a beneficiar da sua vacinação, identificação e esterilização como se fosse adoptado no próprio centro”. “Para tal basta contactar-nos para estarmos presentes no momento do resgate”, refere a mesma fonte.

É que apesar de retirar da rua “cerca de cinco animais por semana”, “mediante o número de animais que são adoptados”, o Centro está já perto da “lotação máxima”.

Em causa, “inúmeras denúncias” relativamente à existência de matilhas em vários pontos do concelho. Segundo o Centro, o concelho é “mais propício à existência de matilhas” devido à “grande área florestal, que permite que os animais se movimentem livremente e reproduzam”, além de terem alimentos disponibilizados por “pessoas sensíveis a esta causa”. “Este conjunto de factores leva à fixação das matilhas, que inevitavelmente leva a questões de ruído, acidentes, mordeduras, e saúde pública na disseminação de doenças e de pragas como ratazanas”, sustenta o Centro Veterinário Municipal.

O problema é “nacional” e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, questionado sobre o tema, diz que “perante a impossibilidade de devolver à rua canídeos esterilizados são os Municípios aconselhados a criar parques para matilhas”. “No entanto esta solução é apresentada sem qualquer estudo de suporte, apenas como um penso rápido, e, começando-se a ver os resultados dos concelhos que têm parques de matilhas os mesmos não são positivos. Nos locais onde aquelas matilhas foram retiradas aparecem novas matilhas e os animais que vivem em parques de matilhas vivem amedrontados e deprimidos”, descreve o Centro na publicação feita, apelando a que “o Estado “encontre uma solução para este problema transversal a todos os municípios”.